Após inaugurar seu escritório no México, dando o primeiro passo para uma expansão na América Latina, o Nubank levantou R$ 375 milhões para dar continuidade em seu processo de ampliação de serviços financeiros, reportou o Estadão na segunda-feira (17).
Considerado como uma potencial alternativa aos grandes bancos no Brasil, a instituição também passa a oferecer a letra financeira subordinada (LFSN), tradicional instrumento de captação bancária — em março a empresa captou R$ 500 milhões para financiar sua operação de cartões.
Segundo a reportagem, até então só haviam ocorrido emissões privadas no mercado brasileiro e o Nubank estreou a nova modalidade com uma oferta de R$ 75 milhões, atraindo cinco investidores institucionais.
“Isso é resultado da confiança dos investidores na nossa estratégia e também do intenso trabalho dos nossos times, business e jurídico, que mostraram que podemos inovar até mesmo nas nossas captações no mercado”, disse à reportagem do Estadão, Gabriel Silva, diretor financeiro do Nubank.
Ele revelou que as captações ocorrem menos de um ano após o Nubank ter criado a Nu Financeira, empresa líder do conglomerado e associada ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Maior fintech da América Latina
O Nubank possui 9 milhões de clientes e já a maior fintech da América Latina. Desde a sua fundação, a empresa arrecadou US$ 420 milhões, com o apoio de empresas que acreditaram na instituição, como exemplo, a gigante chinesa Tencent e o fundo Sequoia Capital.
O aval para a fintech operar como instituição financeira veio em novembro do ano passado através do Banco Central. Quatro meses depois a Forbes elogiava o Nubank como o melhor banco do Brasil.
Mas não foi em vão, nos últimos dois anos o Nubank lançou uma conta corrente digital, a NuConta, um cartão de débito e também passou a oferecer empréstimos.
Mais recentemente, a fintech foi além e disponibilizou uma modalidade de investimento similar ao tradicional Certificado de Depósito Bancário (CDB) para seus clientes.
Com o pacote em tão pouco tempo, a instituição, que nasceu como uma startup em 2013, veio para concorrer diretamente com os grandes bancos do país.
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