Phelipe de Moura Ferreira Mianmar pos apara foto
Foto: Reprodução/Instagram

O brasileiro Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, uma das vítimas de tráfico humano em Mianmar, usou seu perfil no Instagram para contar com sobreviveu nas mãos de criminosos que o obrigavam a aplicar golpes com falsos investimentos em criptomoedas, inclusive se passando por uma modelo chinesa.

“Tentei fazer o máximo para não ser agredido”, disse Phelipe no início da transmissão.

Publicidade

Ele e outro brasileiro, Luckas Viana dos Santos, 31, foram resgatados na semana passada no cativeiro onde eram obrigados a trabalhar até 17 horas por dia.

Na live, Phelipe deu detalhes sobre os trabalhos que era forçado a fazer. Ele conta que um dos principais métodos usados para aplicar os golpes era entrar em contato com a vítima e prometer grandes retornos que viriam de investimentos feitos com criptomoedas.

Outro era o “golpe do amor”, quando era forjado um namoro online e em algum momento a vítima recebia pedidos de dinheiro. Também se passavam por famosos como atores ou atletas e convenciam a vítima a fazer supostas doações.

Phelipe conta que quando recebeu a proposta para ir à Tailândia, ele trabalhava com um amigo no Uruguai. Segundo seu relato, ele foi submetido a tortura psicológica e física, além de punições cruéis por não atingir metas de fraudes financeiras.

Conforme relata, as metas começaram em US$ 5 mil e aumentaram para US$ 10 mil antes de sua fuga. Quando não atingia os valores exigidos, era punido com exercícios forçados, incluindo até 500 agachamentos em uma plataforma com pregos. Além disso, presenciou torturas diárias de outros reféns, sob intensa pressão psicológica.

Publicidade

Phelipe e Luckas foram libertados por uma ONG com apoio de um grupo paramilitar local, que investigava a quadrilha criminosa global que explora milhares de vítimas.

O Itamaraty informou que acompanha o caso, enquanto órgãos internacionais alertam sobre o aumento do tráfico humano na região, segundo O Globo.

De acordo com um vídeo recente, Phelipe e Lukas estão tratando dos trâmites de repatriação na base militar da Tailândia. 

O caso veio à tona na imprensa brasileira após a dupla ter conseguido fugir e relatar como era o dia a dia no sistema de escravidão a que foram submetidos. 

Publicidade

Conforme apontou uma reportagem do jornal O Globo, Luckas e Phelipe receberam ofertas de emprego por meio das redes sociais. A proposta era de um trabalho na Tailândia, com bom salário e a passagem paga pela suposta empresa. O bilhete aéreo foi enviado e os brasileiros foram para a Ásia no ano passado.

VOCÊ PODE GOSTAR
moeda de bitcoin com bandeira do brasil ao fundo (2)

O estado atual da regulamentação das criptomoedas no Brasil 

Veja as atualizações mais recentes da regulamentação do mercado cripto brasileiro, incluindo as consultas públicas do Banco Central e da Receita e o PL que envolve a segregação patrimonial
close em olho humano

Deputado consulta Lewandowski sobre “venda de íris” no Brasil por criptomoedas

O deputado federal Capitão Alberto Neto enviou perguntas sobre o tema ao ministro da Justiça, em meio à atividade recente da World no Brasil
Golpe, criptomoedas, Ormeus Coin, ORME, EUA, Departamento de Justiça, DOJ, HSI, Bitcoin, ICO, Marketing Multinível, ICO, pirâmide financeira

Idosa de SP perde R$ 8,5 mil em golpe com Bitcoin e Justiça condena fraudador

A mulher de 65 anos investiu parte de sua reserva de emergência, mas não conseguiu o resgate
Dólares equilibrados formam uma pirâmide

Polícia prende chefe de pirâmide financeira que roubou R$ 10 milhões de investidores

O suspeito captava recursos financeiros sem autorização da CVM, prometendo rendimentos acima do mercado