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Se ontem pela manhã o Bitcoin ensaiava uma recuperação após a trégua na guerra comercial entre EUA, México e Canadá, a criptomoeda voltou a recuar com a intensificação da retaliação chinesa contra os EUA. Pequim impôs tarifas de 15% sobre as importações de carvão e gás natural liquefeito, além de uma taxa de 10% sobre petróleo e equipamentos agrícolas norte-americanos, com efeito imediato.

Enfrentando uma queda de 1,1%, o Bitcoin é negociado a US$ 97.554 na manhã desta quarta-feira (5), após ter recuperado brevemente o importante nível de US$ 100 mil na tarde passada.

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Com exceção do Ethereum (ETH), que sobe 1,3% nesta manhã para US$ 2.764, todas as outras criptomoedas do top 10 enfrentam queda, incluindo XRP (-1,6%) e Solana (-1,5%).

A expectativa é que o mercado de criptomoedas continue instável e em consonância com as finanças tradicionais, enquanto o mercado aguarda o próximo movimento na guerra tarifária de alto risco iniciada pelos EUA sob a segunda administração de Donald Trump.

Leia também: Criptomoedas e a “Guerra de Tarifas”: entenda o porquê do mercado ser tão afetado

“A resiliência do BTC acima dos US$ 90 mil é impressionante, mas permanecemos cautelosos quanto a choques geopolíticos negativos decorrentes das tensões entre EUA e China, especialmente em meio à incerteza global dos mercados”, escreveram os analistas da QCP Capital nesta manhã.

Os especialistas afirmam que a falta de catalisadores específicos de curto prazo para o setor cripto deixa o mercado vulnerável a choques negativos de preço. “Nesse cenário, uma abordagem defensiva e uma gestão de risco eficaz são essenciais, principalmente diante das grandes liquidações observadas na segunda-feira”, recomendaram.

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Além disso, os investidores se desapontaram com uma coletiva de imprensa altamente aguardada ontem promovida por David Sacks, o líder de criptomoedas e IA do governo dos EUA. 

Enquanto o mercado esperava medidas concretas, Sacks limitou-se a destacar prioridades legislativas e antecipar as primeiras iniciativas da administração Trump para regulamentar o setor. A principal prioridade, segundo ele, é avançar nos projetos de lei sobre estrutura de mercado e stablecoins.

O presidente do Comitê Bancário do Senado, Tim Scott (R-SC), participou do evento e afirmou que pretende fazer com que ambos os projetos de lei sejam aprovados no Senado dentro dos primeiros 100 dias do mandato do presidente Donald Trump — um prazo que se encerra em menos de três meses.

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