Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin sobe 3,5% enquanto China contra-ataca tarifas dos EUA
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Após uma segunda-feira (3) de quedas e liquidações no mercado de criptomoedas, o cenário volta a ficar positivo para a maioria dos ativos digitais nesta terça (4). O Bitcoin (BTC), que ontem atingiu uma das menores cotações do ano, de US$ 94 mil, se recupera nesta manhã e sobe 3,5%, para US$ 98.862.

Ganhos ainda maiores são vistos nos gráficos de criptomoedas como Ethereum (ETH) e XRP, que sobem 5,7% e 8,4%, respectivamente. Solana (SOL), Dogecoin (DOGE) e Cardano (ADA) também valorizam entre 4% e 6%, com a BNB sendo a única moeda do top 10 que permanece estagnada.

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A semana começou turbulenta para as criptomoedas e os mercados globais, após o presidente dos EUA, Donald Trump, aumentar tarifas para uma série de países na sexta-feira (31) —  de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses e de 10% sobre as importações chinesas. 

A medida ampliou as crescentes preocupações com a inflação nos EUA, que pode levar o Federal Reserve a manter taxas elevadas em 2025, reduzindo o apetite dos investidores por ativos de maior risco, como as criptomoedas.

“Já estamos vendo sinais de aumento da volatilidade do mercado, já que a volatilidade implícita de 30 dias do BTC aumentou de 4% a 54% na esteira dessas tarifas e da incerteza econômica mais abrangente. Esperamos que essa volatilidade persista, já que mais catalisadores negativos provavelmente se desdobrarão nas próximas semanas”, disse ao Decrypt Nick Forster, fundador do protocolo de derivativos Derive.

A recuperação do mercado cripto

Os preços das principais criptomoedas voltaram a subir ainda na tarde passada, após Trump atrasar as tarifas sobre o México e o Canadá por um mês, em troca de concessões sobre controle de fronteiras e combate ao crime com os dois países vizinhos.

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Em um curto intervalo de uma hora, o preço do Bitcoin subiu quase US$ 4 mil, atingindo US$ 99.605 antes de recuar. O XRP também subiu forte assim que as notícias das negociações mexicanas foram divulgadas, disparando mais de 12% em uma única hora.

A China, no entanto, não foi incluída neste acordo dos EUA e respondeu aumentando suas próprias tarifas sobre importações dos EUA, o que renova uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

“Apesar de mais pessoas considerarem o Bitcoin como ouro digital, ele ainda é negociado, em grande parte, como um ativo de risco. Como resultado, a tarifa retaliatória de 10% da China sobre os EUA está pressionando as criptomoedas, assim como outros ativos globais de risco, como as ações”, avaliou Min Jung, analista de pesquisa da Prestro Research, ao CoinDesk.

“Embora a reação inicial de segunda-feira possa ter sido um exagero, é provável que a volatilidade permaneça elevada à medida que os mercados digerem novos desdobramentos. A grande questão agora é se essa medida é principalmente uma tática de negociação que pode eventualmente ser revertida — semelhante ao que vimos com Canadá e México — ou se sinaliza o início de um conflito comercial prolongado, dado que a China tem sido um foco central da retórica de Trump”, afirmou.

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