Ilustração mostra baleia mergulhando num mar de bitcoin
Shutterstock

Mais de 40% do fornecimento total do Bitcoin está sendo mantido por grupo de baleias, ou seja, por endereços cujo saldo está acima de 1 mil BTC. Segundo levantamento do IntoTheBlock, os grandes detentores da maior criptomoeda do mundo têm aumentado constantemente seus fundos desde meados de março deste ano.

“Endereços com mais de 1.000 $BTC agora possuem coletivamente mais de 40% do fornecimento total de Bitcoin!”, escreveu a equipe de monitoramento cripto no X. ‘Baleia’ é o apelido dado a investidores com grandes quantidades de criptomoedas.

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Vale lembrar que o protocolo do BTC só permite que existam 21 milhões de unidades em circulação, e que cerca de 19 milhões já foram minerados. Além disso, uma grande parcela do que já existe está perdida para sempre em carteiras que as pessoas perderam as chaves ou que nem lembram que existem.

Não há como ter certeza de quanto se perdeu até hoje, mas o mercado trabalha com um número de cerca de 2,4 milhões de bitcoins, ou seja 11% do que já foi minerado.

ETFs de Bitcoin

Historicamente, essa acumulação por parte dos grandes detentores precedeu muitas vezes subidas significativas dos preços, uma vez que reduz a oferta circulante e aumenta a escassez.

Desta vez, a acumulação pelas baleias pode estar alinhada aos investimentos em ETFs Bitcoin à vista. Para se ter uma ideia, nesta quinta-feira (6) ocorreu a entrada mais forte no produto desde março, com os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos seguindo com um grande fluxo positivo com entrada líquida de US$ 488,24 milhões, com todos os 11 fundos registrando saldo positivo ou neutro.

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Dentre os fundos, o FBTC, da gestora Fidelity, liderou as entradas líquidas, arrecadando US$ 221 milhões na quarta (5), segundo dados da SosoValue. O IBIT da BlackRock ficou em segundo lugar, com US$ 155 milhões.

Já o ARKB, da Ark Invest e 21Shares, arrecadou US$ 71 milhões, enquanto o BITB da Bitwise registrou entradas líquidas de US$ 19 milhões ontem. O GBTC, da Grayscale, teve saldo positivo de US$ 15 milhões, marcando seu segundo dia consecutivo de entradas.

Por fim, o fundo da VanEck registrou US$ 4 milhões em entradas líquidas, e o fundo da Invesco e da Galaxy Digital também atraiu US$ 4 milhões.

Esse desempenho marcou o 17º dia consecutivo de entradas para os 11 ETFs de Bitcoin à vista, o que iguala a mais longa sequência de fluxo positivo desses produtos, ocorrida em janeiro e fevereiro.

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Esta forte entrada de recursos nos ETFs também ajuda a explicar a retomada dos ganhos do Bitcoin (BTC), que volta a se aproximar de sua máxima histórica e na manhã desta quinta-feira (6) opera com alta de 0,5%, cotado acima de US$ 71.200.

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