A exchange de criptomoedas Binance, uma das maiores do mundo, registrou 40.000 novos usuários em sua nova plataforma em Uganda, na África Oriental, somente na primeira semana de atividade, reportou a Coindesk nesta quinta-feira (01).
O resultado, contudo, não surpreende, visto que a cada quatro cidadãos ugandenses pelo menos três não possuem conta em instituições financeiras. No entanto, o número pode ser bastante expressivo se for considerado o momento atual da criptoeconomia que permanece estagnado.
Esses primeiros resultados sugerem, segundo o site, um forte apetite entre os ugandenses sem conta bancária pela compra de bitcoin (BTC) e ethereum (ETH), duas das mais importantes criptomoedas do mercado.
Elas já estão listadas em pares com a moeda local, o xelim ugandês (UGX), além de seu token nativo BNB.
No tweet que anunciava a inauguração da nova subsidiária para 24 de outubro, a empresa mostrou-se bastante empolgada.
“A espera acabou! Binance Uganda vai abrir negociação para BTC/UGX, ETH/UGX em 24/10/2018”.
The wait is over! Binance Uganda Will Open Trading For BTC/UGX, ETH/UGX on 2018/10/24 https://t.co/KdZ49VoZWx pic.twitter.com/L1ekbsmNhc
— Binance Africa (@BinanceAfrica) October 22, 2018
‘A espera acabou’ é porque a empresa já havia anunciado há quatro meses a abertura da bolsa em Uganda. Durante o período, a exchange distribuiu tokens BNB para os primeiros que se cadastraram.
A plataforma de Uganda é parceira de um provedor local de pagamentos móveis que converterá fiat em criptomoeda e vice-versa.
O novo parceiro da Binance pediu à Coindesk que não divulgasse seu nome devido a preocupações com a gestão de grandes quantidades de dinheiro.
Wei Zhou, diretor financeiro da Binance, disse à reportagem:
“[Os novos usuários ugandenses] eles só precisam ter dinheiro dentro do sistema de pagamento móvel. Eles não precisam ter contas bancárias”.
Os possíveis novos clientes da Binance passam agora pela fase de identificação e conhecimento do usuário (KYC) e terão que apresentar seus documentos de identidades emitidos pelo governo de Uganda.
Outras virão
Kwame Rugunda, presidente da Associação Blockchain de Uganda e cofundador do grupo Crypto Savannah, disse à reportagem que desde que a Binance foi anunciada no país várias outras bolsas globais começaram a entrar em contato com os órgãos reguladores locais.
Antes, os ugandenses que queriam negociar criptomoedas dependiam, em grande parte, de intercâmbios entre pares, como o da LocalBitcoins ou o da exchange do Zimbabué, Golix, por exemplo.
O executivo da Binance também revelou à reportagem que a empresa está procurando contratar funcionários para atuarem nos novos projetos, visto a iminente expansão de subsidiárias similares em 2019 para o Quênia, Nigéria e África do Sul.“Uganda é o nosso pontapé inicial para alcançar outros mercados africanos”, disse Zhou.
Projeto vem desde o início do ano
Desde abril, a Binance não tem medido esforços para alcançar o mercado africano, quando revelou que estava desenvolvendo um projeto para implantar a tecnologia blockchain em Uganda.
Anunciado pelo CEO Changpeng Zhao em 22 de abril, CZ, com assim é conhecido disse que o projeto buscava “apoiar a transformação econômica” do país “e o emprego da juventude através do blockchain”.
Uganda cresce economicamente
Países em desenvolvimento, como Uganda, são vistos como oportunidade para empresas do setor financeiro relacionadas ao blockchain. No entanto, Uganda é um dos países mais pobres do mundo.
Em compensação, um estudo da Poverty Assessment de 2016, do Banco Mundial, mostrou que o desenvolvimento econômico do país tem evoluído a passos largos.
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