Imagem da matéria: CVM proíbe serviços de análise do fundador da Empiricus, sob multa diária de R$ 50 mil
Marcos Elias (Reprodução: YouTube)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou na quarta-feira (6) a suspensão da oferta de serviços de análise da empresa Contra Corrente, do analista Marcos Elias, um dos fundadores da Empiricus.

De acordo com a Superintendência de Supervisão de Investidores Institucionais (SIN) do órgão regulador, a empresa e o analista oferecem serviços de análises de valores mobiliários sem autorização da CVM.

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Se a determinação da CVM não for acatada, Elias e a Contra Corrente estarão sujeitos a multa cominatória diária de R$ 50 mil. Nesta quinta, o site da empresa já está fora do ar e quem entra lê a seguinte mensagem: “A Contra Corrente informa que está trabalhando junto aos órgãos reguladores para regularizar seus produtos em breve”.

Procurado pelo Portal do Bitcoin, Marcos Elias não respondeu até a publicação desta matéria.

Fundada em 2022, a Contra Corrente e Marcos Elias já tinham um potencial conflito com a CVM deste o lançamento da empresa, segundo informa o Valor Econômico, já que ela não tinha registro no regulador.

Além disso, segundo o jornal, o analista também não possuía certificação profissional da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec).

Quem é Marcos Elias

Formado em engenharia mecatrônica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Elias já foi professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) e da Fundação Getulio Vargas (FGV), além de fundar diversas casas de investimento.

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Seu projeto mais conhecido foi a Empiricus, mas ele também criou a GAS Investimentos (atual SAG Investimentos), a Turing e a Modena Capital.

Em 2018, Elias foi preso na Suíça acusado de falsificar documentos para captar US$ 750 mil de instituições financeiras de Nova York. Ele então foi extraditado para os Estados Unidos onde declarou-se culpado do crime em 2019 e cumpriu pena até 2021.

Livre, Elias voltou ao Brasil e no ano seguinte fundou a Contra Corrente, empresa que diz ser voltada para companhias de grande porte e investidores profissionais, mas que também “pode mostrar o mapa da mina aos pequenos investidores nos mercados de capitais”, segundo dizia o site da empresa antes da suspensão da CVM.

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