O mercado de criptomoedas mostra desempenho misto nesta quarta-feira (20), com as maiores moedas digitais em terreno negativo e ganhos entre as principais altcoins. Investidores de títulos vão às compras, enquanto traders de ações fazem uma pausa diante do cenário de cortes de juros em 2024.
O Bitcoin recua 0,6% em 24 horas, para US$ 42.781,37, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC cai 1%, negociado a R$ 209.929,47, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) registra baixa de 1,1%, cotado a US$ 2.215,32.
As altcoins vão em direções opostas, com destaque para BNB (+4,4%), XRP (+0,2%), Solana (+3,6%), Cardano (-1,8%), Dogecoin (-2,4%), TRON (+0,9%), Chainlink (-0,9%), Polkadot (+1,2%) e Polygon (-1,6%).
Avalanche (AVAX) mostra ganho de 3,2% em 24 horas e de 16,4% em sete dias. Uma memecoin recém-lançada na Avalanche, a Coq Inu (COQ), rendeu US$ 2 milhões a um trader que apostou apenas US$ 450, segundo o CoinDesk. Outro trader teve a mesma sorte com a memecoin Dogwifhat ($WIF).
Shiba Inu recua 2% apesar dos planos da equipe de desenvolvedores de registrar domínios SHIB para sites e e-mail associados ao token, de acordo com o Decrypt.
Bitcoin hoje
Analistas seguem otimistas com o desempenho do Bitcoin no ano que vem, principalmente com a expectativa de iminente aprovação de fundos com exposição direta à criptomoeda nos EUA, a maior economia do mundo.
A SEC, a CVM americana, deve divulgar sua resposta sobre os vários pedidos em janeiro, o que tende a dar fôlego ao rali que marcou a recuperação do Bitcoin neste ano.
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Relatório da CryptoQuant compartilhado com o CoinDesk prevê que a maior criptomoeda pode subir para pelo menos US$ 50 mil no curto prazo e chegar a US$ 160 mil em 2024, puxada pelos ETFs de Bitcoin à vista e também pelo halving, que vai reduzir pela metade a oferta do token.
Michael Saylor, cofundador da MicroStrategy, disse que a aprovação de um ETF de Bitcoin à vista seria o maior marco de Wall Street nos últimos 30 anos, e acrescentou em entrevista à Bloomberg que o produto não ameaça o desempenho das ações da empresa, uma das maiores investidoras institucionais de BTC.
FTX fecha acordo com unidade nas Bahamas
O novo comando da FTX, exchange de criptomoedas que entrou com pedido de recuperação judicial em novembro passado, disse na terça-feira (19) que fechou um acordo global com a subsidiária das Bahamas, a FTX Digital Markets, que conduzia um processo de liquidação separado.
O acordo é “uma solução nova e mutuamente benéfica para as complexas questões jurídicas transfronteiriças levantadas pelas circunstâncias do colapso do grupo FTX”, afirmaram os administradores em comunicado. O acordo está sujeito à aprovação do Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito de Delaware e da Suprema Corte do Tribunal das Bahamas.
Outros destaques das criptomoedas
Relatório da PriceWaterhouseCoopers revela que 42 países, incluindo o Brasil, avançaram regulamentações e legislação focadas em criptoativos neste ano. Esses esforços regulatórios e legislativos foram divididos em quatro áreas principais: regulamentação de stablecoins, conformidade com a chamada “travel rule”, orientação para licenças e listagens e desenvolvimento de estrutura cripto, de acordo com dados da PwC compartilhados pelo CoinDesk. Oito países, incluindo Índia, Brasil, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Taiwan, não abordaram regras para stablecoins em 2023.
Nos EUA, a indústria cripto é alvo de reguladores e políticos, mas ainda não conta com uma legislação específica para o setor. Na terça-feira (20), a senadora democrata Elizabeth Warren enviou cartas a associações questionando a contratação de ex-membros do Congresso por grupos de lobby cripto nos EUA. Cartas também foram enviadas à Blockchain Association e à exchange Coinbase, segundo o site Politico.
No Reino Unido, o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, disse que vai investigar alegações de que empresas cripto licenciadas têm enfrentado dificuldades para abrir contas em bancos no país.
Em outro sinal favorável à indústria de criptoativos, o governo da China prometeu estimular o desenvolvimento de aplicativos descentralizados e de tokens não fungíveis (NFTs), apesar do veto às negociações com criptomoedas no gigante asiático.
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