Jerome Powell, o presidente do FED, banco central dos EUA, alertou o Congresso americano que o bitcoin e outras criptomoedas são perigosas para “investidores não sofisticados” e não devem ser considerados moedas reais.
Powell disse no Capitólio que “investidores relativamente poucos sofisticados veem o ativo subir de preço e pensam: ‘Isso é ótimo; Eu vou comprar isso’. Na verdade, não há nenhuma promessa que isso ocorrerá.”
Ele comentou: “Não é realmente uma moeda. Não estamos olhando para isso como algo que deveríamos estar fazendo … Tenho preocupações. Se você pensar sobre o que as moedas fazem, elas devem ser um meio de pagamento e uma reserva de valor, basicamente, e criptomoedas não são muito usadas no pagamento … e em termos de reserva de valor, se você olhar para a volatilidade, simplesmente não está lá”.
“Elas [criptomoedas] são muito desafiadoras porque são ótimas se você está tentando esconder ou lavar dinheiro, temos que ter muita consciência disso”, completou.
“Há também questões de proteção ao consumidor e ao investidor”, continuou o presidente, cujos comentários foram registrados pela CNBC, acrescentando que as criptomoedas não devem ser consideradas moedas reais, uma vez que não têm valor intrínseco.
Debate desta quarta-feira (18)
O Comitê de Serviços Financeiros do Congresso dos Estados Unidos discutiu hoje sobre criptomoedas. Duas audiências foram realizadas e foram transmitidas ao vivo de Capitol Hill, Washington, EUA.
Na primeira audiência, o Comitê de Agricultura da Câmara realizou uma discussão intitulada “Criptomoedas: Supervisão de Novos Ativos na Era Digital”. Em um comunicado, o presidente do conselho, Michael Conaway, explicou que a sessão visaria esclarecer a promessa de criptoativos e os desafios regulatórios enfrentados por essa nova classe.
“Nosso comitê tem um profundo interesse em promover mercados fortes para commodities de todos os tipos, incluindo aquelas que estão surgindo por meio de novas tecnologias”, disse Conaway.
A outra audiência, que aconteceu na sequência, era para analisar até que ponto o governo dos EUA deve considerar as criptomoedas como dinheiro e também sobre seus possíveis usos domésticos e globais.
As incertezas, principalmente de governos, sobre o conceito primário das criptomoedas, ainda tomam conta de todo o mercado criptoeconômico.
Como foi
A audiência do Congresso, no geral, deu um tom positivo em relação ao impacto que as criptomoedas e os ativos digitais podem ter na economia e nos processos.
As recentes denúncias de 12 hackers ligados à Rússia relacionadas ao suposto envolvimento nas eleições de 2016 foram levantadas. Bitcoin foi mencionado como o meio que os hackers usaram para financiar suas atividades e se isso ajudou a esconder suas identidades.
No entanto, os membros do comitê foram informados de que o livro-razão público do bitcoin (blockchain) permitia que os investigadores identificassem o movimento dos fundos com muito mais facilidade do que dinheiro. O presidente do comitê, Michael Conaway, disse: “Enquanto os criminosos estúpidos continuarem usando bitcoin, isso será ótimo”.
Audição mais técnica e detalhada do que as anteriores
De acordo com a CCN, com os inúmeros especialistas no assunto, o debate foi muito mais detalhado que outros, como os da SEC.
Amber Baldet, Cofundador e CEO da Clovyr, comparou o blockchain com a Internet. Atualmente, em seu estado inicial, a tecnologia blockchain tem o potencial de se transformar em novas tecnologias fundamentais, como o protocolo de e-mail SMTP. Baldet recomendou assim uma regulação sensata e moderada.
Baldet disse que “o comitê pode adotar uma abordagem mais proativa da regulamentação” como meio de apoiar um blockchain se tornando uma infraestrutura global, como os Estados Unidos fizeram com a Internet. Isto está em contraste com os regulamentos “reacionários”.
Gary Gensler, professor sênior do MIT Sloan School of Management, encorajou a tomada de decisões sobre regulamentações sensatas para manter inovadores nos Estados Unidos.
Gensler acredita que regulamentações rígidas ou pouco claras poderiam promover inovações e benefícios econômicos no exterior. Se outros países superarem os Estados Unidos na indústria, isso pode ser uma preocupação. A história de outros setores mostrou que, uma vez que os inovadores deixam o país, é mais difícil trazê-los de volta quando as decisões regulatórias são tomadas.
O presidente Conaway concluiu que “a audiência foi muito elucidativa para eles em questões diferentes”. No entanto, uma preocupação recorrente ao longo da audiência é a centralização do capital e da mineração do bitcoin.
Um problema é que apenas algumas carteiras contêm mais de 90% de todo bitcoin circulante. Outro ponto é que as maiores mineradoras de bitcoin estão na China e na Rússia, ambas com cerca de 50% do poder de mineração.
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