Imagem da matéria: Fundo de R$ 20 bilhões surge de olho em barganhas trazidas pela crise no mercado de criptomoedas
(Foto: Shutterstock)

Nesta quarta-feira (25), a Andreessen-Horowitz (ou a16z), empresa de capital de risco do Vale do Silício, anunciou ter arrecadado um total de US$ 4,5 bilhões – o equivalente a cerca de R$ 22,5 bilhões) para um novo fundo de criptomoedas — o quarto e maior fundo da empresa até agora – para apostar nas oportunidades que aparecem em um momento de crise no mercado, após o derretimento do projeto Terra.

“Crypto Fund 4” é o dobro do tamanho do fundo cripto anterior do a16z, lançado em junho de 2021, demonstrando que, apesar da turbulência do mercado cripto, os parceiros da empresa estão cada vez mais dispostos a obter exposição às promissoras startups que atuam com a tecnologia Web 3.

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“Acreditamos que, agora, estamos entrando na era de ouro da Web 3. Blockchains programáveis estão avançadas o suficiente e uma variedade diversa de aplicações chegaram a dezenas de milhões de usuários”, afirmou Chris Dixon, sócio do a16z, em uma publicação.

“Mais importante ainda é a enorme onda de talento de alto nível que entrou para a Web 3 no último ano. São brilhantes, apaixonados e querem desenvolver uma internet melhor”, acrescentou.

Dos US$ 4,5 bilhões arrecadados, US$ 1,5 bilhão será direcionado para investimentos “seed” — quantia destinada a um projeto que ainda está sob desenvolvimento inicial — e o restante será alocado em futuros investimentos, segundo o a16z.

De acordo com Dixon, a empresa está especificamente “empolgada” com o mais novo avanço dos setores, incluindo jogos Web 3, Finanças Descentralizadas (ou DeFi, na abreviatura em inglês), redes sociais descentralizadas, identidade autossoberana, infraestrutura de primeira e segunda camadas, organizações autônomas descentralizadas (ou DAOs) e governança, comunidades de tokens não fungíveis (ou NFTs), privacidade, monetização a criadores, finanças regenerativas (ou ReFi), novas aplicações de provas de conhecimento zero (ou ZKP), conteúdo descentralizado e criação de histórias e muitas outras áreas.

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Barganhas

A notícia sobre o mais novo fundo cripto do a16z acontece em um momento em que o amplo mercado cripto entrou em queda livre após o colapso da stablecoin UST e seu token LUNA.

Apesar dessa queda, Ariana Simpson, sócia do Andreessen-Horowitz, garantiu a investidores que a empresa está confiante com suas apostas.

“Mercados de baixa geralmente são quando as melhores oportunidades aparecem, quando as pessoas realmente conseguem focar no desenvolvimento de tecnologias em vez de se distraírem com a atividade de preço a curto prazo”, afirmou Simpson em entrevista à CNBC.

Ela explicou que “a diligência técnica e os outros tipos de diligência que fazemos são uma parte fundamental para garantir que projetos atendam ao nosso padrão”.

“Embora nosso ritmo de investimentos seja alto, continuamos investindo realmente apenas no alto escalão de fundadores”, garantiu Simpson.

O atual portfólio cripto da empresa inclui nomes como Alchemy, Avalanche, Celo, Dapper Labs, Phantom Wallet, OpenSea, Solana, e Yuga Labs.

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Esta semana, a empresa investiu na Flowcarbon, uma plataforma blockchain para a negociação de créditos de carbono, que também é apoiada por Adam Neumann, o controverso fundador da WeWork.

Em outra iniciativa também anunciada neste mês, Andreessen-Horowitz anunciou o lançamento da GAMES FUND ONE, que irá investir US$ 600 milhões na indústria de jogos.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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