Depois que Julian Assange foi preso, o Wikileaks conseguiu em apenas dois dias receber 32 mil dólares de doações em Bitcoins. Desde a prisão do seu co-fundador, o Wikileaks reuniu mais de 400 mil dólares em doações de Bitcoins.
Segundo informações do site Bitcoin.com, o Wikileaks, que vinha com uma campanha de doações desde 2010, conseguiu arrecadar em todo o período 4.043 BTCs, ou seja, cerca de 37 milhões de dólares sob as taxas de câmbio atuais.
Doações ao Wikileaks
Logo após a prisão de Assange, a carteira do Wikileaks começou a receber inúmeras doações. Ele foi preso em 11 de abril do ano passado, quando a Embaixada do Equador em Londres foi invadida e ele foi acusado de não comparecer ao tribunal nos Estados Unidos. Nessa mesma data, o site recebeu cerca de 20 mil dólares em Bitcoins.
No dia seguinte a sua prisão, novas doações apareceram na carteira e o Wikileaks acumulou 32 mil dólares em Bitcoins. O site, então, criou uma nova carteira e pediu para que as pessoas não fizessem mais doações naquela existente desde 2010.
A antiga carteira do Wikileaks arrecadou cerca de 4.043 Bitcoins. Já na nova carteira foram recebidos até a última terça-feira (25), 6,76 Bitcoins, ou seja, cerca de 63 mil dólares.
Além de a instituição sem fins lucrativos estar aberta para doações em Bitcoins, também possui carteiras para receber donativos em Bitcoin Cash (BCH), Litecoin (LTC), Ethereum (ETH), Monero (XMR) e ZCash (ZEC), conforme consta no site do WikiLeaks.
O site resolveu aceitar doações em criptomoedas depois que os Senadores McCain e Lieberman juntos ao governo dos EUA, as bandeiras de cartões Visa e Mastercard; além do Paypal, Amex e Moneybookers criarem um bloqueio financeiro contra a organização.
Esse fato sucedeu em 2010. Já, sete anos depois, Assange postou no twitter que esse bloqueio invocou “(Wikileaks) para investir em Bitcoin” e a organização sem fins lucrativos gerou um “retorno de 50.000%” dessas doações.
Assange, o jornalista perseguido
Julian Assange vinha sendo processado pelo governo dos Estados Unidos por crimes relacionados a computadores, supostamente cometidos em 2012.
No entanto, Assange solicitou asilo na Embaixada do Equador em Londres e o governo do Equador permitiu que ele permanecesse até 2019. com conspiração para cometer invasão de computadores durante a investigação de Chelsea Manning. Manning acessou informações secretas do governo e foi posteriormente publicado no Wikileaks.
Em 11 de abril de 2019, a Embaixada do Equador em Londres foi invadida e ele foi acusado de não comparecer ao tribunal. Assange também enfrenta extradição para os EUA, mas ele permanece na prisão aguardando julgamento, que começou na segunda-feira. Assange também é acusado de usar a Embaixada do Equador para se reunir com líderes russos e hackers internacionais.
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