golpe linkedin
Gustavo Miller denunciou o golpe do falso recrutador (Foto: Divulgação)

“Há um mês, comecei um novo emprego (falso). Eu fiz uma integração (falsa). Conheci (falsos) colegas”. O texto é de um usuário do Linkedin chamado Gustavo Miller, que trabalha na área de marketing digital e jornalismo. Na publicação, feita na última quarta-feira (21), ele relata como quase caiu no ‘golpe do emprego’, cujo recrutador usou o nome da corretora de criptomoedas Coinbase, uma das maiores do mundo.

Ele conta que recebeu um email de uma pessoa que dizia ser recrutadora da corretora e que lhe ofereceu uma proposta de trabalho. Conforme seu relato, até esse ponto, ele ainda não tinha desconfiado de nada. ”Era um cargo remoto como autônomo, algo com o qual estou bastante familiarizado. O salário era bom, mas pedi alguns dias para pensar”, escreveu.

Publicidade

Nesse tempo, Miller aproveitou para pesquisar sobre o recrutador e viu que ele tinha milhares de conexões no Linkedin, passagens por grandes empresas e até mesmo recomendações de alguns contatos. Aproveitou também para falar com um amigo da Binance e outro da própria Coinbase.

“Ele recomendou a empresa e tirou algumas das minhas dúvidas. Então eu assinei o contrato”, relata.

Quando começou o treinamento, no dia seguinte, conta Miller, ele teve que instalar o aplicativo da plataforma cripto Paxful, conforme instrução do recrutador, para análise de concorrência. No entanto, uma surpresa estava por vir.

“Em algum momento me pediram para comprar US$ 200 [cerca de R$ 1 mil] em bitcoins e transferi-los para uma conta de treinamento da Coinbase. Acionei então uma bandeira vermelha e solicitei uma chamada de vídeo com o (falso) recrutador”, conta Miller.

Ao perceber que Miller não estava confortável, a pessoa responsável pelo treinamento mudou o rumo da conversa e pediu para ele entrar em uma página falsa da [empresa de produtos e serviços] Insight e então pedir seu material de trabalho, como notebook, fones, etc. 

Publicidade

“Cerca de 10 minutos depois, recebi um e-mail de alguém da Insight com uma fatura de US$ 3.200”, revelou. Ele então percebeu coisas estranhas no email e no site, como erros gramaticais, e resolveu buscar casos semelhantes, e foi aí que caiu a ficha que aquilo não passava de um golpe.

Exploração de fragilidades

Ele acredita que o alvo desses falsos recrutadores são pessoas demitidas recentemente na indústria de tecnologia, ou seja, eles rastreiam as pessoas nessas condiçoes. “No meu caso, eles usaram meu perfil AngelList para entrar em contato comigo”, afirmou Miller, acrescentando:

“Esses golpistas sabem como atingir pessoas vulneráveis ​​e enganá-las. Eu me senti muito estúpido e ingênuo quando o descobri, mas sei que não é um golpe bobo. Esses caras são profissionais”.

E concluiu com um alerta:

“Se você leu até aqui, obrigado! Eu descobri algumas pessoas que tiveram experiências semelhantes e sentem vergonha de compartilhar suas histórias! Nos ajude a divulgar isso!”.

Publicidade

Até a tarde de sexta- feira (23), o post de Miller havia alcançado 70 mil reações dos usuários do Linkedin, mais 1,1 mil comentários e 7 mil compartilhamentos.

Participe da comunidade de WEB3 que mais cresce no Brasil. Clique aqui e venha conversar no Discord com os maiores especialistas do país.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Arthur Hayes diz quando as criptomoedas irão explodir em 2025

Arthur Hayes diz quando as criptomoedas irão explodir em 2025

O cofundador da BitMEX afirma que o “Trump dump” já ficou para trás e revela quando o mercado cripto pode alcançar um novo pico
Imagem da matéria: Administradora e gestora de fundos são condenadas a ressarcir vítimas em conjunto com a Canis Majoris

Administradora e gestora de fundos são condenadas a ressarcir vítimas em conjunto com a Canis Majoris

Intrader e Flórida Investimentos formam grupo econômico com Canis Majoris e devem pagar por perdas de consumidora lesada, fixa TJ-SP
Imagem da matéria: Singapura bloqueia acesso ao Polymarket e o enquadra como "site ilegal"

Singapura bloqueia acesso ao Polymarket e o enquadra como “site ilegal”

O Polymarket enfrenta uma pressão crescente à medida que os órgãos reguladores globais investigam as apostas políticas multimilionárias da plataforma
Imagem da matéria: Brasileiro processa Gisele Bündchen e pede R$ 390 milhões por prejuízos com a FTX

Brasileiro processa Gisele Bündchen e pede R$ 390 milhões por prejuízos com a FTX

Cliente brasileiro exige ressarcimento de R$ 390 milhões de Gisele Bündchen, mas enfrenta dificuldades para localizar a modelo