Imagem da matéria: Unick Forex é fechada pela Polícia Civil em cidade gaúcha; funcionários foram parar na delegacia
Fachada da loja em Crissiumal (Foto: Marcos Benites/Rádio Alto Uruguai)

A empresa Unick Forex foi alvo de uma operação efetuada pela Polícia Civil de Crissiumal, no Rio Grande do Sul. Os agentes da delegacia de polícia da cidade no cumprimento de busca e apreensão lacraram o escritório que operava nessa cidade.

Segundo informações do Jornal Novo Hamburgo, o escritório que foi fechado na terça-feira (26) era utilizado pela Unick Forex para atuar na pequena cidade com menos de 15 mil habitantes, com a oferta pública de investimentos.

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A sala ficava num centro comercial da Rua Guarita, localizada no centro da cidade de Crissiumal.

O delegado responsável pela operação, William Garcez, disse ao jornal que a empresa não tem autorização para operar ou captar clientes em território nacional.

Garcez afirmou que recebeu “informações de que essa empresa estava operando no município e solicitamos um mandado de busca e apreensão, além de uma medida cautelar para o fechamento do local”.

Operação da Polícia Civil

Numa nota enviada ao Jornal Sentinela, o delegado declarou que no ato de cumprimento do mandado de busca e apreensão, acompanhado por oficial de justiça,“o estabelecimento foi lacrado e os seus representantes notificados a não desenvolver mais operações pela empresa, suspendendo a oferta de serviços”.

No exato instante da operação, estavam na sala três homens, que tiveram sua identidade preservada. Eles foram notificados pelo oficial de justiça de que estavam impedidos de oferecer investimentos em criptomoedas, além de serem levados à delegacia da Polícia Civil. Os homens, contudo, não prestaram depoimento, fazendo uso do direito em permanecer em silêncio.

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O delegado disse que foi juntado na investigação criminal, um documento pelo qual a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “dá conta de que a Unick Forex não tem autorização para operar ou captar clientes no Brasil”.

Por meio de nota, a Polícia Civil solicita que “pessoas que tenham aplicado dinheiro na Unick Forex, procurem a Delegacia de Polícia para serem inquiridas nos autos da investigação criminal”.

Ele afirma que ainda não foi possível apurar o exato número de investidores que foram captados naquela região. Entretanto, há notícia de que cerca de 300 pessoas haviam se envolvido com a empresa de alguma forma.

Compartilhando informações

Há mais de um mês que a unidade de Crissiumal tem investigado a atuação da Unick Forex. O delegado afirma, que além dessa empresa, a polícia civil está de olho nas atividades da InDeal.

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Ele disse que pretende entrar contato com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) de Novo Hamburgo, Celso Tres, que está investigando essas duas empresas que trabalham com criptomoedas além de outras pelo fato de serem suspeitas de atuarem em esquemas de pirâmides financeiras.

A InDeal tem prometido lucros de 15% a investidores interessados na aquisição de criptomoedas, o que na visão do procurador da república tem fortes indícios de se tratar de pirâmide como foi a Telexfree.

“(…) é a famosa pirâmide na qual há um motivo qualquer para alguém oferecer um grande rendimento de dinheiro, igual já tivemos um caso internacional, inclusive, que tinha americano envolvido. Foi a Telexfree no Brasil, que era ligações telefônicas a partir de anúncios, que as pessoas pagavam e ofereciam 200% de rendimento ao ano. Então aqui no caso é a criptomoeda”.

A investigação no Ministério Público Federal dessas empresas começou a partir de dados levantados pela Receita Federal, pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e alguns outros órgãos como já relatou Tres.


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