Lupa sobre a tela de um computador com logotipo da BInance
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A proximidade Binance com a falida concorrente FTX deu aos promotores federais dos EUA motivos para buscar novas informações em sua investigação de quatro anos sobre a maior exchange de criptomoedas do mundo.

Nos últimos meses, os investigadores americanos pediram a empresas financeiras que entregassem registros de comunicação com a Binance, de acordo com uma reportagem do jornal Washington Post publicada no último final de semana. O jornal cita duas fontes anônimas que analisaram as intimações.

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A investigação envolve a equipe de lavagem de dinheiro do Departamento de Justiça, a Procuradoria dos EUA em Seattle e a Equipe Nacional de Fiscalização de Criptomoedas. Elas analisam se a Binance violou as leis de combate à lavagem de dinheiro e desrespeitou sanções impostas pelo governo americano a outros países como o Irã.

A própria investigação da Binance é anterior à criação da equipe cripto do Departamento de Justiça, que foi formada em 2021 e ganhou um novo diretor, Eun Young Choi, em fevereiro do ano passado.

“Como foi amplamente divulgado, os reguladores estão fazendo uma revisão abrangente de toda a indústria cripto sobre os mesmos problemas”, disse um porta-voz da Binance ao Decrypt.

“Esta indústria nascente cresceu rapidamente e a Binance demonstrou seu compromisso com a segurança e a conformidade por meio de grandes investimentos em nossa equipe, bem como nas ferramentas e tecnologias que usamos para detectar e impedir atividades ilícitas”, completou o porta-voz.

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Os promotores do Departamento de Justiça dos EUA estão em desacordo sobre se as evidências já reunidas são suficientes para apresentar acusações contra os executivos da Binance, de acordo com a agência de notícias Reuters, incluindo o criador da companhia, Changpeng “CZ” Zhao.

Quatro fontes não identificadas familiarizadas com o assunto disseram à agência em dezembro que pelo menos alguns dos promotores envolvidos na investigação acham que o governo precisa continuar construindo seu caso antes que as acusações sejam apresentadas. Até agora, elas conseguiram o que queriam.

Binance contra a Reuters

A Binance criticou publicamente a Reuters no Twitter, dizendo que a reportagem de dezembro estava “atacando nossa incrível equipe de aplicação da lei” e vinculando o texto a uma postagem de Tigran Gambaryan, o chefe de inteligência e investigações da empresa.

No post, Gambaryan elogia o tratamento dado pela Binance a mais de 47 mil pedidos de aplicação da lei em 2022. “O peso do que fazemos acontece nos bastidores, escondido dos holofotes e raramente reconhecido pela mídia ou pelo público em geral”, escreveu ele.

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Mesmo com a investigação dos EUA em andamento discreto, a Binance tem contratado para seu departamento de conformidade ex-investigadores federais como Gambaryan, falando publicamente sobre trabalhar com a polícia para encontrar hackers e congelar fundos roubados.

Binance e FTX

Embora as consequências do colapso da FTX pareçam ter despertado o interesse dos investigadores na empresa, CZ foi inflexível ao dizer que ele e sua empresa não causaram isso.

“A FTX caiu porque se apropriou indevidamente de ativos de usuários, e uma empresa saudável não seria destruída por um tweet”, afirmou ele de acordo com a tradução de um post no blog chinês da Binance. A postagem parece se referir ao tweet de Zhao em 6 de novembro, que anunciou que a empresa liquidaria seu estoque de tokens nativos da concorrente, o FTT.

“Liquidar nosso FTT é apenas gerenciamento de risco pós-saída, aprendendo com a LUNA”, escreveu ele no Twitter, faendo referência à principal cripotmoeda do derretido projeto Terra. “Já demos apoio antes, mas não vamos fingir que fazemos amor depois do divórcio.”

Investigação da CFTC

Enquanto isso, também há uma investigação separada em andamento pela Commodities Future Trading Commission (CFTC) sobre possível negociação com informações privilegiadas na Binance.

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A notícia dessa investigação foi tornada pública pela primeira vez em 2021, mesmo ano em que a CFTC tentou determinar se a empresa havia dado aos comerciantes de derivativos dos EUA acesso direto à sua plataforma, em vez de seu braço com sede nos EUA, a Binance US.

Dado o andamento das coisas nos mercados de criptomoedas no ano passado, cada colapso intensifica o escrutínio sobre as empresas que ainda estão de pé.

*Traduzido com autorização do Decrypt

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