Imagem da matéria: "Tudo bem queimar um pouco de dinheiro", diz CEO da FTX sobre salvar empresas cripto à beira da falência
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O fundador e CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, afirmou que não se incomoda em perder um pouco de dinheiro para ajudar a salvar empresas do setor cripto que estão à beira da falência. As afirmações do empresário foram feitas nesta terça-feira (19) durante o Bloomberg Crypto Summit em New York, segundo o CoinDesk.

“Está tudo bem fazer um negócio moderadamente ruim para ajudar a recuperar um player”, disse SBF. O CEO da FTX disse que o parâmetro é se a empresa é “um agente construtivo nesse espaço” e que isso justifica “incinerar uma pequena quantidade de dinheiro”.

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Além disso, Bankman-Fried afirmou que “a barra não é: esse investimento tem um bom retorno ou não? É mais sobre manter a saúde da indústria sob um ângulo mais amplo”.

SBF, o salvador da pátria

No dia 1º de julho, a credora de criptomoedas BlockFi anunciou ter chegado a um acordo com a FTX US, uma divisão americana da corretora cripto criada pelo bilionário Sam Bankman-Fried, por uma linha de crédito rotativo e uma possível aquisição.

O acordo representava um valor total de US$ 680 milhões, conformou tuitou na época o CEO da BlockFi, Zac Prince. “Uma opção de adquirir a BlockFi a um preço variável de até US$ 240 milhões com base em ativadores de desempenho está em discussão”, disse ele.

O acordo de US$ 680 milhões aumentou o tamanho da linha de crédito rotativo da FTX em US$ 400 milhões — em comparação aos US$ 250 milhões anteriormente anunciados — e ainda mantém qualquer pagamento subordinado aos fundos de clientes. Isso significa que, se a coisa apertar, a BlockFi pode cumprir suas obrigações com clientes antes de ter de pagar a FTX de volta.

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Caso Alameda

Em outro caso, a Alameda Ventures, outra empresa fundada por Bankman-Fried, estendeu uma linha de crédito de US$ 500 milhões à credora cripto Voyager Digital.

Aqui vale destacar que Sam Bankman-Fried possui um interesse pessoal em socorrer a Voyager. Em certo momento, a Alameda e sua unidade de capital de risco, Alameda Ventures, era uma das maiores shareholders da Voyager, com 11,6% de todas as participações em circulação, de acordo com um comunicado de imprensa divulgado no dia 17 de junho.

Na época, a ação da Voyager (VYGVF) estava sendo negociada um pouco acima de US$ 1.

Uma semana depois, no dia 23 de junho, Alameda anunciou que havia devolvido, sem expectativa de obter dinheiro, 4,5 milhões dessas ações. Essas ações eram equivalentes a US$ 2,6 milhões na época e VYGVF estava sendo negociada a US$ 0,56 por ação.

A entrega de ações da Alameda fez sua participação na empresa cair para 9,49% — abaixo do limite de 10% que a teria tornado em uma “parte privilegiada”, segundo a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC).

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Essa é a mesma regra da SEC que exigiu que o CEO da TeslaElon Musk, divulgasse sua participação no Twitter em abril antes que o bilionário fizesse sua oferta de aquisição.

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