Trader de criptomoedas é condenado a quatro anos de prisão por fraude nos EUA

Golpista conhecido como “Coin Signals” prometia retorno de até 148% ao mês com criptomoedas e fraudou mais de US$ 5 milhões
moedas de bitcoin dentro de algemas

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Jeremy Spence, um trader de criptoativos da cidade americana de Rhode Island, também conhecido como “Coin Signals” nas redes sociais, foi sentenciado a 42 meses de prisão — pouco menos de quatro anos — por fraudar 170 pessoas em mais de US$ 5,37 milhões.

Segundo um comunicado publicado pelo Departamento de Justiça dos EUA (ou DOJ, na sigla em inglês), Spence operou diversos fundos de investimento cripto entre novembro de 2017 e abril de 2019, incluindo o “Coin Signals Bitmex Fund”, o “Coin Signals Alternative Fund” e o “Coin Signals Alternative Coin Signals Long Term Fund”.

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Investidores que desejassem participar de um dos fundos teriam de transferir criptomoedas, como bitcoin (BTC) e ether (ETH), para Spence que, por sua vez, fazia falsas promessas de altos retornos – uma pirâmide financeira ou golpe do tipo Ponzi.

“Spence solicitou mais de US$ 5 milhões por meio de representações falsas, dizendo que sua negociação cripto era extremamente lucrativa quando, na verdade, não o era”, afirmou o juiz Lewis Kaplan do tribunal do Distrito Sul de Nova York.

Esquema Ponzi

Em um desses casos, em 28 de janeiro de 2018, Spence publicou uma mensagem em um grupo de chat on-line afirmando que suas habilidades de negociação geraram um retorno de mais de 148% em apenas um mês.

Encorajados por esses números, investidores transferiam fundos adicionais a Spence.

“Na realidade, durante aquele mesmo período de aproximadamente um mês, a negociação de Spence resultou em prejuízos líquidos nas contas em que ele negociava os fundos de investidores”, acrescentou o DOJ.

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Para enganar ainda mais investidores e continuar arrecadando dinheiro, Spence falsificou saldos de carteira e usou fundos recentes para cobrir perdas e realizar pagamentos a antigos investidores.

“Para esconder suas perdas de negociação, Spence usava fundos de novos investidores para pagar outros investidores como em um [esquema] Ponzi”, explicou o DOJ.

Spence usou criptomoedas de novos investidores, equivalentes a US$ 2 milhões, segundo um documento judicial, para distribuí-las entre antigos investidores.

“O que mais me impressionou foi a estupidez das pessoas que você enganou a investirem com você. Existem consequências reais a essas falcatruas e elas são sérias”, disse o juiz Kaplan a Spence, segundo o site Law360.

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Spence, que havia se declarado culpado em novembro de 2021, também terá três anos de liberdade condicional e pagará uma indenização de US$ 2.847.743.

O caso de Spence é o mais recente em uma série de crimes cripto que surgiram nos últimos meses.

Em fevereiro, o mundo cripto foi abalado pela notícia de que o DOJ havia confiscado US$ 3,6 bilhões dos bitcoins roubados no hack à Bitfinex em 2016 — e a rapper Heather Morgan e seu marido Ilya Lichtenstein foram presos sob acusações relacionadas ao hack.

De acordo com o Departamento Federal de Investigações (ou FBI), Morgan e Lichtenstein conspiraram para lavar fundos do hack e gastaram os proventos em ouro, tokens não fungíveis (ou NFTs) e outros itens.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.