A Polícia de Varsóvia, capital da Polônia, descobriu que um técnico de TI minerava bitcoin clandestinamente nos computadores do quartel e o demitiu na quinta-feira (29). Segundo o jornal local TVN24, o minerador clandestino não fazia parte da corporação, ou seja, era um funcionário terceirizado.
De acordo com Mariusz Ciarka, porta-voz da polícia, ainda não foi possível precisar o tempo em que o funcionário operou os equipamentos da polícia que ele mesmo adulterou para minerar a criptomoeda. Afirmou, contudo, que o técnico foi descoberto rapidamente e demitido pelo comandante-chefe da unidade, Jarosław Szymczyk.
As investigações devem continuar ao passo que o caso também chegou até o Ministério Público de Varsóvia De acordo com TVN24, a entidade vai precisar contratar especialistas para avaliar os danos, tanto de eletricidade quanto de dados, caso tenha havido alguma exploração do acusado.
Segundo informações oficiais, nenhuma das bases de dados do quartel com informações sigilosas está em perigo.
“As bases de dados estão seguras, não encontramos qualquer ligação através da rede interna”, disse Ciarka à reportagem, que repetiu a informação a outro veículo, ABC News, enfatizando que em nenhum momento o suspeito teve acesso aos bancos de dados, porém lamentando que isso tenha ocorrido dentro de uma unidade policial.
Mineração legal x ilegal de bitcoin
A atividade de mineração de bitcoin requer um alto desempenho de máquinas, o que exige muita eletricidade. Portanto, há lugares que não compensam o investimento por conta do alto custo de energia elétrica, como no Brasil, por exemplo, onde o consumo de energia não sai nada barato, com exceções a algumas regiões.
Um exemplo é o youtuber Denny Torres, que em Conceição do Almeida, cidade no interior da Bahia, conseguiu fazer renda com seu “quartinho da mineração”, baseado em extração de monero (XMR) e ethereum classic (ETC).
Em contraste com expertise e legalidade na função do youtuber, estão os que procuram o caminho mais rentável, porém criminoso, roubando eletricidade alheia. São diversos casos pelo mundo, inclusive no Brasil.
Em maio deste ano, por exemplo, um funcionário público da prefeitura de Marília, interior de São Paulo, foi pego minerando criptomoedas no ambiente de trabalho e agora enfrenta um processo administrativo que pode levar à sua demissão.
Segundo informações no Diário Oficial da cidade, o servidor teria instalado no local o seu próprio computador, munido com uma placa de vídeo, para minerar criptomoedas às custas da energia elétrica do órgão público.