Imagem da matéria: Crise da dívida dos EUA pode fazer do Bitcoin a moeda de reserva mundial, diz CEO da Coinbase
Brian Armstrong CEO da Coinbase (Foto: Divulgação/TechCrunch)

O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, alertou que o Bitcoin pode “assumir” como a próxima moeda de reserva mundial se o Congresso não agir rapidamente para lidar com os crescentes US$ 37 trilhões de dívida dos Estados Unidos.

“Eu amo o Bitcoin, mas uma América forte também é super importante para o mundo”, tuitou Armstrong na terça-feira (3). “Precisamos colocar nossas finanças em ordem.”

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As preocupações de Armstrong com a crise da dívida surgiram quando os republicanos da Câmara aprovaram em maio o “grande e belo projeto” apoiado por Trump, que estende cortes de impostos, aumenta os gastos militares e corta o Medicaid, a assistência alimentar e a energia limpa.

A tensão fiscal está alimentando o interesse no Bitcoin, que nasceu da crise financeira de 2008, devido à sua oferta limitada e resistência à inflação. É um ativo que tem se tornado cada vez mais atraente para investidores institucionais e governos estaduais.

“Quando se trata de acumular Bitcoin, os estados dos EUA não estão apenas competindo entre si”, disse o deputado de New Hampshire Keith Ammon ao Decrypt no mês passado. “Eles estão competindo com um governo federal que será forçado a imprimir dinheiro para lidar com sua dívida.”

Ammon afirmou que a abordagem do governo federal ameaça o valor de longo prazo do dólar e que o Bitcoin pode ajudar a proteger as finanças dos estados contra mais deterioração.

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Seis economistas vencedores do Prêmio Nobel, incluindo Paul Krugman e Joseph Stiglitz, escreveram em uma carta de junho que a estrutura do projeto aumentaria a desigualdade e elevaria a dívida pública em mais de US$ 3 trilhões — ainda mais se suas disposições se tornarem permanentes.

O CEO da Tesla e ex-líder da D.O.G.E., Elon Musk, também criticou a medida na terça-feira, chamando-a de um “enorme, ultrajante e recheado de privilégios projeto de gastos do Congresso” e uma “aberração nojenta”.

A próxima decisão do Senado sobre o projeto pode ter consequências mais significativas do que apenas fiscais. Críticos argumentam que isso pode, no fim das contas, acelerar os esforços crescentes para desdolarizar a economia global.

“Ninguém está encarando a realidade nos EUA”, disse o CTO da Komodo Platform, Kadan Stadelmann, ao Decrypt. “É aí que entra o Bitcoin, e grande parte da razão pela qual Satoshi Nakamoto o criou em 2008.”

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O Bitcoin “se opõe às moedas fiduciárias”, acrescentou Stadelmann, que afirmou que moedas tradicionais, como o dólar americano, apenas aumentam os “centenas de bilhões de dólares” em dívida a cada ano.

Relacionando a dívida nacional à crescente demanda por criptomoedas, Stadelmann disse que o Bitcoin foi projetado para resistir exatamente a esse cenário, chamando-o de “um porto seguro longe do sistema monetário inflacionário, que aparentemente já deu o que tinha que dar.”

“A dívida pode levar ao colapso do dólar, o que fará com que as pessoas corram para o Bitcoin, podendo resultar em uma escassez de oferta”, observou.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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