Imagem da matéria: Sobrinho de Bolsonaro que arrecadou Bitcoin para protesto em 2021 participou de ato terrorista em Brasília
Sobrinho de Bolsonaro que arrecadou bitcoin para o 7 de Setembro participou dos atos antidemocráticos de domingo (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, também conhecido como Léo Índio, esteve entre os manifestantes radicais que destruíram as instalações dos Três Poderes em um ato terrorista em Brasília (DF) no domingo (8).

Na comunidade cripto brasileira, Léo Índio é lembrado por ter pedido em 2021 doações em bitcoin para financiar atos pró-Bolsonaro em 7 de Setembro, data em que se comemora a Independência do Brasil.

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Segundo o G1, Léo Índio, que é primo de três filhos de Bolsonaro, reclamou nas redes sociais do gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar e também condenou a destruição no Planalto no final de semana, embora estive entre os manifestantes no ato antidemocrático. “Muitos feridos, muitos socorridos. Patriotas não cometem vandalismo”, disse.

Na imagem, percebe-se que seus olhos estavam com sinais de irritação. Sobre o ponto em que tirou a selfie, o G1 afirma que ele estava na plataforma em que ficam as cúpulas do Congresso Nacional, cuja circulação é proibida para o público.

Léo Índio foi candidato a deputado distrital no ano passado pelo Partido LIberal (PL) sob o apelido de ‘Léo Índio Bolsonaro’. No entanto, os 1.801 votos obtidos por ele não foram suficientes para elegê-lo.

Sobrinho de Bolsonaro arrecadou bitcoin

No ano passado, o sobrinho do Jair Bolsonaro se mobilizou para ajudar na arrecadação de fundos em dinheiro e bitcoin para financiar os atos pró-Bolsonaro que ocorreram no Dia da Independência do Brasil. A alternativa de contribuição por meio de criptomoedas, segundo disse Leo na ocasião, foi em decorrência de uma decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

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Na época, Moraes determinou o bloqueio de uma conta bancária ligada a uma chave Pix usada para angariar fundos que tanto o magistrado quanto a Procuradoria-Geral da República entenderam se tratar de financiamento para atos criminosos e violentos.

Um trecho da decisão da PGR dizia: “O quadro probatório demonstra a atuação de Marcos Gomes (Zé Trovão) e Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições que, na conclusão da Procuradoria-Geral da República, é mais do que suficiente para justificar as medidas cautelares.”

Cerca de duas semanas depois das manifestações de 7 de Setembro, Léo virou alvo de uma investigação que apurava a organização e financiamento das manifestações e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). 

Moraes também ordenou às plataformas Facebook, Instagram, Twitter e Youtube que bloqueassem as contas usadas para arrecadação divulgadas pelo investigado. A carteira de bitcoin informada por Léo Índio nas redes sociais chegou a receber R$ 6.750 em BTC.

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