Sites da dark web agora estão repletos de máscaras faciais e outros produtos relacionados ao coronavírus. As informações são de um novo estudo da empresa de análise de blockchain Elliptic. A dark web é um ambiente na internet onde disfarçam a localização do servidor e oferecem uma maneira navegar quase anonimamente.
As máscaras faciais, como as “N95’s” fabricadas pelo fornecedor norte-americano 3M, estão escassas, e sua venda para uso não-médico foi restrita, já que governos estão comprando tudo para proteger a equipe médica de linha de frente durante a pandemia de coronavírus.
No entanto, a Elliptic informou na segunda-feira (6) que “centenas de itens apareceram recentemente nos mercados da dark net para máscaras N95”.
Como as lojas da deep web estão além do alcance dos mecanismos de pesquisa regulares (como o google) e o pagamento é feito com criptomoedas, eles são populares entre os criminosos, devido a dificuldade de rastrear as transações e usuários envolvidos.
As ofertas de máscaras de grau médico a granel saem por cerca de US$ 1,75 por máscara – “um markup baixo em relação aos preços de varejo”, observa Elliptic. Mercados legítimos, como a Amazon, listam as mesmas máscaras à venda por mais de US$ 10 cada.
Além de drogas ilegais, cartões de crédito roubados e agora máscaras, os vendedores da dark net também estão oferecendo testes de diagnóstico e cloroquina, disseram os pesquisadores.
Embora tenha sido apontado como uma cura para o coronavírus pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a eficácia da cloroquina ainda precisa ser aprovada clinicamente. Apesar disso, pacotes de 150 comprimidos estão disponíveis na dark web por US$ 500. Com receita médica, uma quantidade semelhante do medicamento custa cerca de US$ 25.
A Elliptic informou as lojas da deep web começaram a mostrar vendedores dos EUA para compradores da Russia e Europa à medida que a demanda por equipamentos e medicamentos de proteção aumentou.
“Esses fornecedores são oportunistas, aproveitam qualquer oportunidade para fornecer bens escassos em outros países”, disseram os pesquisadores.
Eles ressaltam que, embora não seja possível confirmar se os produtos são genuínos, cerca de dois terços dos vendedores podem ser considerados “autênticos”, dadas as classificações dos usuários e o grande número de vendas anteriores.
Mais de um terço dos que vendem itens relacionados ao coronavírus são fornecedores antigos, que geralmente se concentram na venda de medicamentos, enquanto 45% vendem itens relacionados à fraude, como serviços de hackers ou cédulas falsificadas, informou a pesquisa.
Ainda segundo a pesquisa, também foi lançada uma nova loja online dedicada à venda de máscaras. O fornecedor afirma ser atacadista de hospitais, declarando: “Todo mundo precisa de uma chance de obter uma máscara para proteção – não apenas funcionários médicos!”
*Traduzido e republicado com autorização da Decrypt Media
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