Imagem da matéria: Vídeo: vítima de pirâmide usa carro de som para cobrar médico suspeito de aplicar golpe no Maranhão
Imagem ilustrativa (Foto: Shutterstock)

“Atenção você do 1401, doutor Abdon, desça para entregar o dinheiro do povo. Cadê o dinheiro do povo doutor?”.

Essa foi a frase mais executada por um suposto cliente de uma empresa de investimentos na frente de um prédio em São Luís, Maranhão. Ao que tudo indica, é lá que fica o apartamento do dono do negócio, o médico Abdon Murad Júnior, suspeito de aplicar golpe de pirâmide.

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Abdon, que é dono de empresa de investimentos ‘Abdon Murad Junior Participacoes e Empreendimentos Imobiliários’, foi acusado publicamente por um manifestante de ter aplicado golpe em centenas de pessoas.

“Você prejudicou mais de 200 famílias. Nós representamos essas famílias prejudicadas por você”, gritava ao microfone a suposta vítima da pirâmide.

Conforme descreveu a página DPF — Desmascarando Pirâmides Financeiras, no Facebook, e que também publicou o vídeo na segunda-feira (06), Abdon prometia de 12% a 15 % de rendimento ao mês nas aplicações.

Outro ponto, segundo o DPF, é que o esquema também pode ter relações com sonegação de impostos, evasão de divisas e participação de políticos e magistrados no negócio.

Segundo o homem que falava, Abdon teria deixado seus colegas de trabalho, também médicos, em situação “muito difícil”. Isso porque eles acreditaram em “falsas promessas de investimentos”.

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“Por favor, devolva o nosso dinheiro, sacana”, gritou o homem, que intercalava a música ‘Por que que tu não me paga, sacana?’.

Veja o vídeo abaixo:

Pirâmide investigada

A empresa e o médico estão sob investigação da Polícia Federal. Há também vários processos contra Abdon correndo na Justiça. Conforme dados da Receita Federal, AMJ Participações foi criada em novembro de 2017.

De acordo com o Portal Az em junho do ano passado, já inadimplente, Murad tinha estipulado um prazo para o pagamento de investidores, mas não cumpriu.

Na época, ele disse que ao longo de sua vida nunca deixou de honrar compromissos e que iria resolver o problema.

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Cerca de um mês depois, o depoimento do empresário Pedro Henrique Souza de Sampaio, na Delegacia de Defraudações de São Luís, foi crucial para a intervenção da Justiça no caso. 

Segundo o relato, publicado primeiramente pelo blog Neto Ferreira, Sampaio teria dito que Murad o procurou para obter um empréstimo. Conforme explicou, o médico estaria sendo pressionado por agiotas, juízes, desembargadores e promotores que teriam feito aportes na pirâmide.

Em outubro, então, o desembargador Marcelo Carvalho Silva, da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ-MA), determinou a abertura de uma sindicância para investigar a participação de magistrados no negócio.

“Para a apuração das afirmações divulgadas, envolvendo o possível cometimento, por parte de magistrados de primeiro grau, de irregularidades funcionais”, diz um trecho da publicação.

Em novembro do mesmo ano, um grupo de empresários procurou a Superintendência de Investigações Criminais (Seic) para cobrar uma solução. A informação consta no blog de Marco Aurélio D’Eça.

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Abdon é cirurgião bariátrico e é especialista em redução de estômago.

O Portal do Bitcoin tentou contato com o médico pelas redes sociais, mas até a publicação desta reportagem não houve resposta.


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