Imagem da matéria: Semana do Bitcoin: DeepSeek e tarifas de Trump derrubam preços para US$ 98 mil
Imagem criada por Decrypt com uso de IA

Foi mais uma semana agitada para o Bitcoin, com o preço da moeda lutando para se manter acima dos US$ 100.000 novamente — apesar das oscilações significativas impulsionadas pelo ciclo de notícias.

O CoinGecko mostra que o maior ativo digital está sendo negociado neste domingo (2) a US$ 98.619, intensificando as quedas de uma semana turbulenta. Isso representa uma queda de quase 6% nos últimos sete dias.

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As coisas começaram agitadas, com o mercado cripto sofrendo um golpe depois que a startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek lançou um novo modelo de linguagem de grande porte de código aberto no final da semana anterior.

Esse modelo poderoso e muito mais econômico levou investidores de tecnologia a vender rapidamente suas participações em empresas americanas relacionadas à IA e também em posições cripto. Em um momento, o Bitcoin chegou a ser negociado a apenas US$ 98.380 na segunda-feira.

Mas a recuperação foi rápida, e o ativo voltou a ultrapassar a marca dos US$ 100.000 depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sugeriu que outro corte na taxa de juros poderia ocorrer caso a inflação continuasse a desacelerar. Seus comentários sobre a capacidade dos bancos de lidar com serviços cripto também alimentaram o otimismo.

Então, na sexta-feira, a notícia de que as tarifas do presidente Donald Trump contra Canadá, México e China entrariam em vigor no sábado ajudou a derrubar o Bitcoin e outros ativos. Depois de quase tocar os US$ 106.000 na manhã de sexta-feira, o BTC despencou abaixo da marca dos US$ 102.000 à tarde, caindo para US$ 98 mil neste domingo.

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Fluxo dos ETFs

A semana passada foi importante para o Bitcoin, com muito dinheiro entrando rapidamente nos novos fundos negociados em bolsa (ETF) de Bitcoin — em grande parte devido à posse do presidente pró-cripto Donald Trump. Quase US$ 1,6 bilhão em ativos entraram nos ETFs de Bitcoin na semana passada.

Nesta semana, o ritmo desacelerou, com investidores retirando quase US$ 458 milhões dos fundos na segunda-feira, segundo dados da Farside Investors.

Até quinta-feira, mais de meio bilhão já havia sido investido nos ETFs — mas esse ritmo ainda é lento em comparação com a semana anterior, quando os investidores despejaram mais de US$ 800 milhões nos ETFs somente na terça-feira.

Tether no Bitcoin

Talvez a maior notícia da semana tenha sido o anúncio da gigante das stablecoins, Tether, sobre a emissão de dólares digitais na rede do Bitcoin. Na quinta-feira, a empresa afirmou que seu token nativo USDT em breve estará disponível tanto na camada base do Bitcoin quanto na Lightning Network.

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O USDT é a maior stablecoin do mundo, e o Bitcoin é a maior rede cripto do planeta. Elizabeth Stark, CEO da Lightning Labs, empresa responsável pela integração, declarou que “milhões de pessoas agora poderão usar a blockchain mais aberta e segura para enviar dólares globalmente”.

Ripple contra a reserva de Bitcoin?

Os bitcoiners mais fervorosos estão atacando a fintech Ripple, já que a empresa — cujos fundadores criaram o XRP — está se aproximando do presidente Trump.

Na semana passada, o presidente assinou uma ordem executiva sobre cripto, mas sem mencionar especificamente o Bitcoin — apesar de sua promessa de campanha de acumular a moeda laranja.

Agora, bitcoiners estão acusando a Ripple de pressionar para que o XRP, a terceira maior criptomoeda por valor de mercado, faça parte da “reserva de ativos digitais” do novo governo.

O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, respondeu às alegações no X na segunda-feira, escrevendo que “se uma reserva governamental de ativos digitais for criada… ela deve ser representativa da indústria, não apenas de um único token”.

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A nova fintech de Trump de olho no Bitcoin

Enquanto isso, o grupo Trump Media and Technology Group anunciou o lançamento de um braço de serviços financeiros e fintech chamado Truth.Fi. Segundo o comunicado da empresa, a Truth.Fi pode comprar “Bitcoin e criptomoedas semelhantes ou valores mobiliários relacionados a cripto”.

No entanto, a linguagem utilizada foi vaga, e os US$ 250 milhões em caixa que a fintech pretende destinar a cripto estarão sob gestão da Charles Schwab — que investiria os fundos por meio de ETFs.

Embora algumas das recentes iniciativas de Trump estejam ligadas à sua função oficial como presidente e outras a suas empresas pessoais ou licenciadas, elas podem estar gerando mensagens contraditórias para os bitcoiners que o apoiaram durante a campanha.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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