Imagem da matéria: Tether vai integrar USDT ao Bitcoin através da Lightning Network
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Tether, a maior emissora de stablecoin do mundo, está chegando ao Bitcoin

USDT, a stablecoin lastreada em dólares da empresa, em breve estará totalmente funcional na camada de base do Bitcoin e na sua rede de escalabilidade Lightning Network, anunciou o CEO da Tether, Paolo Ardoino, na PlanB, conferência focada em Bitcoin que aconteceu quinta-feira (30) em El Salvador.

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A integração representa um marco significativo tanto para a Tether quanto para o Bitcoin, duas forças dominantes no setor cripto que ainda não haviam combinado forças. Com uma capitalização de mercado de mais de US$ 139 bilhões, o USDT é, sem dúvida, a principal stablecoin do mundo, usada por centenas de milhões de pessoas em todo o mundo como uma forma segura de pagamento que vincula as finanças tradicionais à economia cripto.

O Bitcoin, por sua vez, é a maior e mais influente criptomoeda do mundo. Mas a própria rede Bitcoin tem sido lenta para atrair usuários na rede, já que não foi inicialmente projetada para suportar aplicativos descentralizados. 

Redes de escalabilidade como a Lightning Network preencheram as lacunas, tornando as transações de segunda camada no Bitcoin baratas e rápidas e permitindo a integração de ativos como o USDT no ecossistema do Bitcoin. 

“O dia de hoje marca uma nova era para as stablecoins”, disse Elizabeth Stark, CEO da Lightning Labs, a principal desenvolvedora de infraestrutura da Lightning Network, em um comunicado na quinta-feira. A Lightning Labs desenvolveu o protocolo que permitirá que o USDT se integre à rede Bitcoin.

“Milhões de pessoas agora poderão usar a blockchain mais aberta e segura para enviar dólares globalmente”, continuou Stark. “Tudo isso remete ao Bitcoin.”

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Atualmente, o USDT está disponível em 17 outras redes de blockchain, incluindo Ethereum e Solana.

À medida que as criptomoedas se tornam cada vez mais entrelaçadas com as finanças convencionais, as stablecoins nunca foram tão essenciais para conectar os dois mundos. USDT é, de longe, a stablecoin mais popular, permitindo que os usuários aloquem facilmente fundos cripto em um ativo não volátil atrelado ao dólar americano.

As stablecoins em geral — e o USDT especificamente — passaram a ser mais analisadas à medida que sua influência sobre a economia global cresceu. Na quarta-feira (29), legisladores questionaram Howard Lutnick, indicado pelo Presidente Donald Trump para Secretário de Comércio, sobre seus laços íntimos com a Tether — uma forma de pagamento popular não apenas entre usuários de varejo, mas também entre organizações criminosas, segundo os congressistas. 

A empresa de Lutnick em Wall Street, Cantor Fitzgerald, atualmente custodia bilhões de dólares em ativos colaterais para a Tether, o que, em teoria, evita que a stablecoin perca sua paridade com o dólar. No entanto, nenhuma agência independente ainda verificou se a Cantor e a Tether estão informando com precisão o tamanho dessa reserva de garantia. 

Durante a audiência de quarta-feira, Lutnick concordou que os Estados Unidos deveriam adotar um processo de auditoria robusto para emissores de stablecoins como a Tether, dada a importância cada vez maior de manter esses ativos estáveis.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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