O fundador e ex-CEO da falida corretora de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), pode ter dias cada vez mais difíceis pela frente, além de amargar a atual prisão domiciliar, desemprego e falta de renda. As opções para financiar sua defesa diante das acusações de crimes se tornam cada vez mais limitadas.
Para piorar ainda mais sua situação financeira, na semana passada, a justiça dos EUA confiscou cerca de R$ 2,3 bilhões, referentes a 55 milhões de cotas de ações da Robinhood que estavam em sua posse.
SBF lutou em vão para que as ações fossem usadas para pagar sua defesa jurídica, formada até o momento cinco advogados e um assessor, segundo revelou o site The Block nesta quinta-feira (12) – uma defesa cujo custo deverá chegar à casa dos milhões de dólares.
SBF enfrenta oito processos na justiça americana que está sendo considerado pelas autoridades locais como um dos maiores casos de fraude financeira da história do país, que, por consequência.
Preço salgado
“Não há como saber quanto vai custar. Se ele optar por se declarar culpado, seus honorários advocatícios certamente serão muito menores do que se ele optar por ir a julgamento. Indo a julgamento, vai ser uma proposição muito cara”, comentou o advogado Ira Sorkin.
“SBF já contratou vários advogados de defesa criminal – uma equipe de defesa formidável. Como ele poderá pagá-los?”, comentou também o advogado Alex More, sócio da Carrington, Coleman, Sloman & Blumenthal. Conforme
Mas para David Maria, conselheiro da exchange de criptomoedas Bittrex, ainda pode haver uma luz no fim do túnel para SBF caso a FTX tenha cumpriu seu dever com as companhias de seguros, principalmente com o modelo “Directors & Officers” (D&O) — em português, ‘Diretores & Conselheiros’.
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Este tipo de seguro cobre, entre outras despesas, custos com advogados.
“A maioria das empresas optam pelo seguro D&O para seus executivos. Depende apenas do que a FTX estava fazendo com suas seguradoras. Mas isso é rotina. Executivos são indiciados, não é uma coisa incomum”, disse Maria.
Contudo, ele ressaltou que se SBF for litigar totalmente contra todas as entidades envolvidas — SEC e CFTC, por exemplo, “ele continuará assinando cheques”.
“Não roubei”, afirma Sam Bankman-Fried
Também nesta quinta, Sam Bankman-Fried negou roubo de fundos e culpou a queda do mercado de criptomoedas pelo desastre tanto da FTX quanto da Alameda Research.
“Não roubei fundos e certamente não guardei bilhões. A Alameda perdeu dinheiro devido a uma quebra do mercado para a qual não estava adequadamente protegida”, disse ele, em um longo post no Substack.
SBF também afirmou que planeja usar quase todos os seus bens pessoais para ajudar os clientes que perderam dinheiro.
Acerca do tema, na quarta-feira (11), a equipe de reestruturação da FTX disse que recuperou mais de US$ 5 bilhões — o equivalente a cerca de R$ 26 bilhões — em dinheiro, criptomoedas e investimentos líquidos em valores mobiliários.
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