Sam Bankman-Fried da FTX falando em vídeo
Sam Bankman-Fried no DealBook Summit de 2022 (Foto: Reprodução)

Sam Bankman-Fried, o ex-CEO da falida corretora de criptomoedas FTX, quebrou o silêncio no X (antigo Twitter) após dois anos, usando a plataforma para compartilhar uma série de reflexões francas sobre demissões nos EUA e gestão corporativa.

Seus posts, publicados na noite de segunda-feira (24), geraram curiosidade, especialmente entre aqueles dentro da indústria cripto que acompanham cada um de seus movimentos desde a infame queda da FTX no final de 2022.

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“Demissões são uma das coisas mais difíceis de se fazer no mundo. É péssimo para todos os envolvidos”, escreveu, oferecendo uma visão sobre as complexidades de dispensar funcionários.

Ele enfatizou que as demissões muitas vezes ocorrem porque “a empresa simplesmente não tem o trabalho certo para eles”, apesar das qualificações do funcionário.

O ex-bilionário expressou empatia pelos funcionários do governo dos EUA, dizendo: “Tenho muita simpatia pelos funcionários públicos: eu também não verifiquei meu e-mail nos últimos poucos (centenas de) dias”, antes de reconhecer os desafios do desemprego.

Usuários pseudônimos da comunidade cripto foram rápidos em notar um aumento no interesse em torno da chamada “SBF Coin”, um meme coin baseado no nome do ex-CEO da FTX, que registrou uma alta expressiva logo antes de seus tweets.

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A SBF Coin saltou 8,4% nas últimas seis horas, sendo negociada a US$ 0,003, enquanto o token da FTX, FTT, subiu brevemente 32%, atingindo US$ 2,07, segundo dados da DexScreener.

Bankman-Fried, que atualmente enfrenta uma sentença de 25 anos de prisão por fraude e desvio de fundos relacionados ao colapso da FTX, também comentou que “estar desempregado é muito menos relaxante do que parece” — um sentimento vindo de um homem cuja fortuna evaporou quase da noite para o dia.

O retorno de Bankman-Fried às redes sociais coincidiu com a postura controversa de outra figura de alto perfil sobre responsabilidade dos funcionários — o CEO da Tesla, Elon Musk.

Na semana passada, Musk fez um desafio direto aos funcionários federais, exigindo que justificassem suas realizações semanais por e-mail.

“Falha em responder será considerada uma renúncia”, escreveu Musk no sábado.

A diretriz de Musk, que veio acompanhada de um ultimato severo, levou os funcionários federais a reagirem, embora alguns, como o diretor do FBI, Kash Patel, tenham incentivado suas equipes a não responderem imediatamente.

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O Departamento de Eficiência Governamental – DOGE, uma iniciativa liderada por entusiastas da Dogecoin (DOGE), também estaria explorando o uso de inteligência artificial para avaliar as respostas dos funcionários federais.

O DOGE, anteriormente co-liderado pelo empresário Vivek Ramaswamy junto com Musk, tem como foco cortar gastos do governo, reduzir regulamentações e melhorar a eficiência operacional das agências dos EUA.

Embora não confirmados, há relatos de que a IA estaria analisando essas respostas, levantando preocupações, já que há processos judiciais desafiando seu uso na tomada de decisões.

Na semana passada, Bankman-Fried elogiou a “abordagem motosserra” de Musk para cortar a burocracia governamental, ao mesmo tempo em que tentava atrair o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e Musk para um possível perdão presidencial.

Ele apontou a necessidade de reformular sistemas ineficientes, destacando: “Algumas coisas realmente precisam de mais do que um corte de 10%”, referindo-se à ênfase de Musk em enxugar a máquina pública.

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* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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