Imagem da matéria: Sam Bankman-Fried, CEO da FTX, afirma que Bitcoin não é viável como meio de pagamento
(Foto: Shutterstock)

CEO da corretora FTX, o executivo Sam Bankman-Fried, disse que o Bitcoin não é adequado para ser um meio de pagamento.

“A rede Bitcoin não é uma rede de pagamentos e não é uma rede escalável”, disse ele em entrevista ao Financial Times nesta segunda-feira (16).

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O empresário justificou sua análise ao falar sobre o algoritmo de consenso proof of work (ou PoW, na sigla em inglês), que valida transações no Bitcoin.

Em uma rede PoW, computadores funcionam dia e noite para verificar transações e criar novos blocos para a rede em um processo chamado de mineração. Já que a mineração de bitcoin (BTC) virou uma indústria ao longo dos anos, o número de computadores que realizam essa tarefa também aumentou constantemente.

Esse aumento resultou em preocupações sobre a enorme quantidade de energia que o Bitcoin precisa para funcionar, atraindo críticas de ambientalistas, bem como legisladores que tentam atingir seus objetivos climáticos.

Além de consumir muita energia, a principal criptomoeda do mercado não é das mais rápidas. Segundo dados obtidos do site Blockchain.com, o número médio de transações por segundo (ou TPS) no Bitcoin nos últimos 30 dias é de quase 2,58.

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Taxa de transação do Bitcoin (Imagem: Blockchain.com)

Quando comparado a redes tradicionais de pagamento, como Visa ou Mastercard, o desempenho do Bitcoin é absurdamente menor.

Ainda assim, Bankman-Fried acredita que o Bitcoin pode ter outro propósito fundamental.

“Para deixar bem claro, também afirmei que [o Bitcoin] possui potencial como uma reserva de valor”, tuitou ele em referência ao relatório do Financial Times. “A rede [Bitcoin] não pode sustentar milhares/milhões de TPS, apesar de bitcoins poderem ser [transferidos] na Lightning/L2s [redes de segunda camada]/etc.”

A Lightning Network é uma solução de escalabilidade que permite que micropagamentos sejam realizados na rede Bitcoin.

 

CEO da FTX apresenta alternaivas

Porém, nem tudo está perdido para o futuro das criptomoedas. Em vez disso, segundo o diretor executivo da FTX, redes cripto proof of stake (ou PoS) apresentam os baixos custos e as altas velocidades de transação necessárias para um sistema de pagamentos.

“As coisas que você usa para realizar milhões de transações por segundo têm de ser extremamente eficientes, leves e com baixo custo energético. Redes proof of stake são [todas essas coisas]”, afirmou Bankman-Fried.

Esses tipos de rede consomem bem menos energia. Em vez de manter uma fazenda de computadores que nunca pode ser desligada para minerar bitcoins, redes PoS dependem de validadores que fazem o “staking” (ou depositam) uma alta quantia da criptomoeda nativa da rede.

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À medida que realizam suas funções de forma correta, esses validadores ganham um rendimento. Porém, se validarem transações fraudulentas, serão punidos ao perder uma parte dos fundos que haviam colocado em staking.

Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo, está passando por uma transição do PoW para o PoS. A migração para o PoS pode resultar na utilização de 99,95% menos energia pelo Ethereum, segundo a Ethereum Foundation.

A expectativa é que essa transição, conhecida como “Ethereum 2.0” ou “The Merge” (ou “A Fusão”, em tradução literal), aconteça no segundo semestre de 2022.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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