Imagem da matéria: Ronaldinho lança portal com apostas esportivas e jogos de azar proibidos no Brasil: “Hora da bruxaria”
Reprodução/Instagram

O ex-craque da Seleção Ronaldinho Gaúcho lançou nesta semana um portal próprio, que mistura apostas esportivas com jogos de azar online, justamente em meio a polêmicas que envolve empresas como Blaze, Stake.com, Betano e Bet365 no Brasil.

Conforme anunciado pelo jogador apelidado de “Bruxo”, o nome do seu novo negócio é Bruxo10.bet. Apesar de levar o nome do jogador, a plataforma é de responsabilidade da companhia Digital Ventures N.V., registrada em Curaçao – mesmo país do Caribe onde está registrado o cassino de jogos de azar Blaze.

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“Está na hora de abrir a Casa do Bruxo pra vocês! Chegou a Bruxo10.bet a casa de apostas especializada em Bruxaria. Tá com o palpite em dia!? Vem se divertir com a gente”, diz um post no perfil do jogador no Instagram publicado na quarta-feira(21). “Hora da bruxaria no mundo dos palpites”, escreveu também a plataforma em sua conta no Twitter.

Segundo informações do site Betinfo, para selar a inauguração do portal, foi promovido um evento esportivo no último final de semana. “O ponto alto da ocasião foi o Desafio Bruxo10 de Futevôlei, diz o artigo.

O Bruxo10.bet é mais um negócio estrangeiro que atua com bets, ou apostas esportivas – um setor que está em vias de ser alvo de regulamentação pelo governo federal.

No caso do novo negócio de Ronaldinho, no entanto, o que a chama a atenção é a associação com com jogos de azar , como roletas e máquinas de caça-níquel, que são formalmente proibidos no Brasil, tendo um projeto de lei para legalização aprovado na Câmara e que espera por votação no Senado.

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As empresas desse setor operam através de zonas cinzentas da legislação, alegando que são estabelecidas em outros países e que respondem apenas às regras locais.

O fato de empresas desse tipo serem sediadas fora do Brasil também dificulta sua responsabilização perante a Justiça diante dos inúmeros casos de reclamações de clientes lesados.

O Portal do Bitcoin procurou o ex-atleta para conhecer seu posicionamento sobre o assunto, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.

Ronaldinho Gaúcho e suas polêmicas

Ronaldinho coleciona uma ampla gama de negócios que naufragaram e até mesmo supostas participações em pirâmides financeiras. Ele também é uma das celebridades mais procuradas para promoções por conta de seus 73 milhões de seguidores no Instagram.

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Para a Braiscompany, por exemplo, em fevereiro deste ano, o atleta promoveu a empresa ao participar de uma pelada chamada “Jogo das Estrelas”, que ocorreu na cidade de Limeira, no interior de São Paulo.

Mas são inúmeros os negócios controversos que Ronaldinho já promoveu, como a plataforma de operações binárias Olymp Trade, e a suposta pirâmide financeira LBLV. Ambas receberam stop order da CVM por atuação irregular no mercado brasileiro.

No que tange o mercado de criptomoedas, Ronaldinho já promoveu seu próprio token, o “Ronaldinho Soccer Coin” (RSC), mas o projeto não foi adiante. A iniciativa foi anunciada em 2019.

Em 2020, o jogador se tornou réu em ação coletiva por associação com a pirâmide financeira 18k, que levava seu nome ‘18K Ronaldinho’.

Depois disso tudo, ele ainda promoveu a Airbit Club, um esquema de pirâmide liderado pelo brasileiro Gutemberg dos Santos, preso nos EUA por enganar milhares de investidores.

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Em 2021, Ronaldinho Gaúcho passou a promover a criptomoeda Atari Token (ATRI), mas a empresa abandonou o projeto.

Em fevereiro do ano passado, o atleta foi anunciado como embaixador global da Graph Blockchain, uma empresa canadense que fornece aos investidores exposição a altcoins e oportunidades no meio das finanças descentralizadas (DeFi) e NFTs.

Em 2020, o ex-astro ficou 171 dias detido no Paraguai, ao lado do irmão Assis, após terem sido acusados de entrar no país com passaportes falsos. Ambos fizeram acordos com a Justiça paraguaia e hoje são considerados inocentes no caso.

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