Imagem da matéria: Revista Carta Capital diz que Bitcoin é ineficiente e aposta em blockchain
(Foto: Shutterstock)

A revista de esquerda Carta Capital publicou nesta segunda-feira (20) um artigo intitulado ‘Bitcoin: da euforia ao choque de realidade’. De acordo com o texto, o Bitcoin é ineficiente devido ao elevado custo energético, dificuldade de escalabilidade e volatilidade. A tecnologia blockchain, contudo, deve perdurar.

“É provável que a tecnologia do blockchain se consolide, não como moeda, cuja aplicação é, na melhor das hipóteses, extremamente ineficiente”, diz a abertura do artigo.

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O autor é Rafael Bianchini Abreu Paiva, um analista do Banco Central do Brasil formado em economia pela Unicamp. Ele cita diversas questões técnicas relacionados à nova tecnologia que, segundo ele, tem se mostrado ao contrário do que os idealizadores do Bitcoin desejavam.

O economista também disse que, apesar do Bitcoin ser o criptoativo com menor volatilidade do mercado de criptomoedas, ele tem variações diárias muito superiores aos ativos do Ibovespa, por exemplo, e que uma economia baseada em Bitcoins  seria uma ideia um tanto incerta.

Paiva argumenta que mesmo com soluções já apontadas para a diminuição do consumo de energia e para o aumento na escalabilidade, a direção do mercado criptoeconômico tende à necessidade de uma intermediação financeira.

“O elevado custo energético, a dificuldade de escalabilidade e a volatilidade de preços impedem que o Bitcoin seja um substituto crível das moedas estatais. Além da concentração de propriedade, as soluções apontadas para diminuir o consumo energético e aumentar a escalabilidade apontam para a direção da intermediação financeira, oposto ao que os idealizadores do Bitcoin desejavam”, diz um trecho do artigo.

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Por outro lado, o autor viu na tecnologia Blockchain a principal inovação e frisou que ela é um caminho necessário para o setor financeiro tradicional.

“[O] blockchain tem se mostrado bastante seguro e sua incorporação poderá trazer ganhos significativos de eficiência para grandes conglomerados do sistema financeiro”.

Outros ataques da revista ao Bitcoin

Em meados de dezembro do ano passado, período do auge do Bitcoin, que chegou a ser negociado a aproximadamente US$ 20 mil, a Carta Capital chamava a maior das criptomoedas de “a bolha assassina”.

Na ocasião, o jornalista Antonio Luiz M. C. Costa afirmou que o Bitcoin seria um exemplo extremo de uma onda especulativa e que seu valor intrínseco era nulo, pois “o único respaldo à sua cotação de mercado era a esperança do portador de encontrar alguém mais otário”.

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O editorial também já afirmava, naquela ocasião, a ineficiência no sistema do Bitcoin (blockchain], considerando o sistema tradicional como “muito mais eficiente”.

“Se o sistema provou algo, foi que o Estado e a moeda tradicional são muito mais eficientes. O processamento depende de um método de ‘mineração’ pelo qual um cálculo abstruso, hoje viável apenas a computadores sofisticados com alto consumo de energia, é necessário para pôr em circulação cada unidade adicional de ‘moeda’”.

Antes de afirmar que o Bitcoin era um problema muito sério e tratá-lo como ‘bizarro’, a revista o definiu como com sendo ‘não digno’ de apenas uma de suas unidades ter valor equivalente a um carro novo ou ter seu valor de mercado superior a de empresas como a GE, Boeing, Disney e Citigroup.


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