Imagem da matéria: Relatório do FMI aponta necessidade de regulação das criptomoedas
Conferência de membros do FMI (Foto: UN Financing for Sustainable Development/Flickr)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou na semana passada (9) o Relatório da Economia Mundial do mês de outubro. O documento cita o avanço da adoção das criptomoedas em diferentes ramos do mercado financeiro e sugere a regulação das empresas que operam com moedas digitais para manter a estabilidade econômica.

A organização financeira, responsável por prover crédito para infraestrutura internacional e amortizar dívidas externas de governos, mencionou o rápido crescimento do mercado de criptomoedas como um fator que poderia criar “novas vulnerabilidades no sistema financeiro internacional” conforme cada vez mais bancos adotam tecnologias blockchain.

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Uma das principais preocupações do FMI é o grande volume de fraudes e roubos de criptoativos, o que poderia contribuir para a desestabilização de investidores e organizações financeiras.

FMI e criptomoedas

Uma análise do setor de Pesquisa Avançada de Risco da McAfee, publicada em setembro, calcula que foram roubados cerca de US$ 1,5 bilhão de dólares em criptomoedas nos últimos dois anos. O relatório do FMI menciona o risco de hackers para o mercado de moedas digitais:

Violações de cibersegurança e ataques a importantes infraestruturas financeiras representam uma fonte adicional de risco porque eles poderiam destruir sistemas de pagamento entre países e interromper o fluxo de bens e serviços. O crescimento rápido e continuado dos ativos digitais poderia criar novas vulnerabilidades no sistema financeiro internacional

O FMI e seus representantes já fizeram, anteriormente, declarações em relação ao fenômeno global dos criptoativos, alguns deles favoráveis: em abril, a diretora geral da instituição, Cristine Lagarde, fez um artigo em seu blog sobre o assunto. Para ela, a principal vantagem da tecnologia é a possibilidade de fazer transações com agilidade.

Embora ela reconheça os riscos relacionados a moedas digitais, ela sugere que os bancos ao redor do mundo se beneficiem das vantagens tecnológicas e ofereçam seus próprios tokens. Na publicação, ela escreveu:

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[…]há esperança de que aplicações descentralizadas estimuladas pelos criptoativos resultem em uma diversificação do cenário financeiro, com mais equilíbrio entre prestadores de serviços centralizados e descentralizados, e um ecossistema financeiro mais eficiente e talvez mais robusto para resistir a ameaças.

Em fevereiro, Lagarde disse que a regulação das criptomoedas em nível global era “inevitável”, e deveria focar nas entidades que as comercializam, sempre verificando se estão “devidamente licenciados e supervisionados”.

Uma semana antes, representantes da França e Alemanha pediram a outros membros do G20 por uma ação regulatória conjunta de autoridades de cada nação, que deveria ser intermediada pelo FMI.


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