Imagem da matéria: Rei do Bitcoin: Claudio Oliveira apaga conta no TikTok após ser exposto por reportagem
Claudio Oliveira com a companheira em um vídeo no TikTok (Foto: Reprodução/Tiktok)

Claudio Oliveira, também conhecido como o “Rei do Bitcoin” que lesou milhares de brasileiros por meio da empresa fraudulenta Bitcoin Banco, excluiu sua conta do TikTok na noite de quarta-feira (4) depois de ser exposto por reportagem do Portal do Bitcoin que revelou sua saída da prisão no dia 2 de janeiro.

Na rede social chinesa, a conta de Oliveira era a @yosef_clo, e já não está no ar na manhã desta quinta-feira (5). A conta da namorada dele, Suellen Borges — no TikTok, @volkov_e — também foi excluída.

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Embora Oliveira nunca tivesse feito uma publicação na rede social, Borges postava montagens de fotos e vídeos curtos ao lado do companheiro, fazendo declarações românticas nas legendas. Na descrição do vídeo do TikTok, Borges dizia: “Desde que você apareceu eu perdi totalmente a pose de bandida, se é que um dia eu tive 😂 você desperta em mim o que há de melhor, obrigada por existir meu amor ♥️ #euamovocê♥️ @yosef_clo“.

Os vídeos haviam sido postados logo após Oliveira sair da prisão por progressão de regime, no dia 2 de janeiro.

A saída de Oliveira da cadeia foi confirmada à reportagem por uma pessoa que pediu para não ser identificada e que teve acesso aos sistemas internos do regime prisional do Paraná, onde ele cumpria a sentença.

A prisão do Rei do Bitcoin

Claudio Oliveira ficou menos de dois anos em reclusão, já que foi preso no dia 5 de junho de 2020 quando foi alvo da Operação Daemon da Polícia Federal, que investigava o desvio de R$ 1,5 bilhão pelo empresário. A esposa de Oliveira na época, Lucinara, também foi presa, mas acabou sendo liberada alguns meses depois.

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A prisão preventiva do Rei do Bitcoin foi decretada na operação cujo objetivo era apurar a prática de crimes falimentares, de estelionato, lavagem de capitais, organização criminosa, além de delitos contra a economia popular e o sistema financeiro nacional.

Em abril do ano passado, Oliveira foi condenado em primeira instância a oito anos de prisão por estelionato e crimes contra o sistema financeiro, sendo obrigado a recorrer dentro da prisão.

Na sentença, o juiz ressaltou que o Bitcoin Banco fingia operações de compra e venda de criptomoedas que só existiam nos balanços da empresa.

A prática ficou conhecida na época como girinho, giropeta ou arbitragem infinita, no qual os usuários foram levados a acreditar que faziam trades entre duas corretoras do mesmo grupo — a NegocieCoins e a TemBTC — com ganhos fixos e certos em cada operação.

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Os supostos lucros, contudo, só existiam dentro do sistema da empresa e milhares de pessoas ficaram no prejuízo quando o Bitcoin Banco travou os pagamentos em maio de 2019.

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