FTX, SBF
FTX entrou em colapso em novembro de 2022 (Foto: Shutterstock)

A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC) não está em melhor posição agora para evitar um colapso no nível da FTX do que há um ano, constatou Rostin Behnam, presidente da CFTC, em um evento da Universidade de Georgetown na quarta-feira (15).

“Nada mudou, e podemos estar em uma posição em que outro evento do tipo FTX aconteça”, disse Behnam.

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Ele estava no campus para falar na Conferência de Qualidade dos Mercados Financeiros da Universidade de Georgetown. Behnam, ex-aluno da universidade de Washington, já havia participado da conferência anteriormente, ao lado dos senadores Cynthia Lummis (R-WY), Kirsten Gillibrand (D-NY) e do presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Gary Gensler.

O presidente da CFTC disse que o cenário regulatório inalterado do mercado de criptomoedas o deixa vulnerável a colapsos semelhantes.

Ele enfatizou que, apesar da CFTC supervisionar os derivativos, seu poder limitado nos mercados à vista de criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, significa que ela só pode agir contra fraudes ou manipulações depois que elas forem relatadas, e não regular ou monitorar preventivamente as exchanges.

A antiga relação entre FTX e CFTC

Behnam foi chamado no ano passado para testemunhar perante o Congresso sobre o colapso da FTX. Antes da empresa entrar com pedido de recuperação judicial em novembro de 2022, ela estava em negociações com a CFTC.

“Tivemos uma relação regulatória interessante. A FTX tinha uma câmara de compensação regulamentada junto à CFTC e estava tentando modificar o pedido”, disse ele. “No final, nunca aprovamos seu pedido, mas houve muita discussão entre a agência e a FTX.”

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Essa câmara de compensação regulamentada era a LedgerX, uma bolsa de derivativos que, segundo o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, era uma prioridade máxima. Desde então, Bankman-Fried foi condenado por várias acusações de fraude relacionadas ao colapso de sua exchange e aguarda a sentença.

Ele disse ao Decrypt no verão passado durante uma entrevista de podcast que os derivados cripto dos EUA eram o que ele estava mais atento. A FTX adquiriu a LedgerX licenciada pela CFTC em 2021 por um valor não revelado e prontamente a renomeou como FTX US Derivatives.

Posteriormente, durante o processo de recuperação judicial da FTX, foi revelado que o Bankman-Fried pagou quase US$ 300 milhões para adquirir a empresa. Esse valor é seis vezes maior do que o preço de US$ 50 milhões que a empresa de capital privado M7 Holdings pagou para adquiri-la em maio.

Durante o evento em Georgetown, Behnam também falou sobre a decepção de ver a Lei de Proteção ao Consumidor de Commodities Digitais de 2022 morrer no ano passado, porque ela teria concedido à agência o poder de regular os mercados de dinheiro por meio de registro e outras ferramentas básicas já concedidas à SEC.

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“Certamente sei que houve alguns problemas e oposição aos projetos de lei, tanto no Comitê de Serviços Financeiros quanto no de Agricultura”, disse ele. “O projeto de lei que eles aprovaram — relevante para a CFTC — de fato cumpre as metas que venho defendendo e solicitando há vários anos.”

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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