André Abujamra em entrevista no NFT.Rio
André Abujamra em entrevista no NFT.Rio. Foto: Saori Honorato

O músico, compositor e multi-instrumentalista, André Abujamra, estava presente no Parque Lage (RJ) neste sábado (2) para participar do NFT.Rio, evento que promove a 1ª exposição internacional de NFTs no Brasil.

Com uma carreira de 40 anos de sucesso, o músico não teme as novas tecnologias. Pelo contrário, explora sem amarras as inovações do meio cripto, seja unindo arte e música com NFT, ou comprando bitcoin desde 2017.

Publicidade

Após sua participação no painel “O novo som do bloco: música na blockchain” do NFT.Rio, André Abujamra conversou com o Portal do Bitcoin e a entrevista pode ser lida abaixo:

Já faz mais de um ano que você está lançando projetos de NFTs. Como você foi parar nesse mundo cripto?

Acho que eu fui o primeiro músico que ganhou alguma grana com NFT. Essa história começou quando eu conheci o artista Uno de Oliveira. Nós viramos super amigos e começamos a fazer collab. Quando eu faço música da arte dele, nós chamamos nosso duo de ‘UnoAbu’, e quando ele faz as artes das minhas músicas, a gente chama de ‘AbuUno’.

Foi muito legal, foi ai que eu entrei no NFT. Mas antes disso, tem uma história interessante. Lá em 2017 eu tinha R$ 1 mil em bitcoin no Mercado Bitcoin, mas eu perdi a minha senha e acabei esquecido as criptomoedas lá. Quando começou a bombar o papo de bitcoin e eu tava duro, e lembrei que tinha a conta e fui atrás de recuperar minha senha. Quando fui ver, meu bitcoin já estava valendo R$ 4 mil e eu falei “opa, tem algo interessante ai”.

Publicidade

Depois eu comecei a estudar muito criptomoeda, inclusive pensei em lançar uma moeda minha, mas não andou o negócio. Então antes do NFT eu já estava no mundo das criptomoedas, já comprava. Em 2019 foi quando eu comecei a estudar mesmo, tenho minha própria carteira física para guardar.

No seu painel aqui no NFT.Rio você falou que um problema do setor são as shitcoins e defendeu o bitcoin. Você é uma maximalista do bitcoin?

Bitcoin é raiz. Eu já fiz muita besteira e perdi dinheiro nesse espaço, fiz mineração na China e deu tudo errado, mas aprendi também, ainda estou aprendendo.

Hoje eu tenho feito bastante NFT. Gosto da Solana, mas não é uma das mais descentralizadas, Ethereum também é bom, mas eu queria mesmo era fazer NFT no bitcoin.

Publicidade

Mas não estamos lá ainda. Estamos engatinhando. Somos como vikings num barquinho chegando na Groenlândia. Ninguém ainda sabe direito o que é isso.

E como você está unindo música com NFT? Você está mais para o lado de juntar música e arte visual, ou também está vendendo músicas diretamente?

Agora eu estou tentando descobrir uma forma em que seja fácil a coisa da interação com meu público, o que não é simples. Eu tenho descoberto algumas coisas. Por exemplo, no Bandcamp, as pessoas podem comprar minha música direto. Um cara da China comprou uma trilha sonora por US$ 13 porque ele quis, estava lá disponível.

Mas eu comecei a pirar muito com essa coisa das criptomoedas quando eu fui para a Índia. Lá tem uma população enorme, mais poucas pessoas tem conta em banco. Eu fui na feira lá e uma velhinha estava vendendo peixe para um cara e recebendo pagamento no celular. Não sei se era cripto, mas aquilo me fez ver que essa era a parada, esse é o mundo descentralizado.

Eu acho incrível a ideia de descentralização, é até uma coisa política eu acho.

E a descentralização para os artistas que trabalham com música, já está acontecendo?

Eu acho isso muito bom, mas a gente ainda está engatinhando. Quem fala que sabe tudo do que é NFT está mentindo. Criptomoeda não, bitcoin já dá para entender.

Publicidade

Mas NFT e blockchain está muito bem estruturado. Não vai acabar. Bitcoin é a mesma coisa. Bitcoin já morreu 448 vezes, então quem está desesperado agora é quem não estudou, quem não entendeu. Quem não foi lá e comprou um bitcoin. Eu tive que vender uma parte para viver, se eu não tivesse 19 casamentos e pagar pensão, teria muito mais bitcoin hoje.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin se mantém em US$ 63 mil enquanto Mt. Gox move US$ 2,8 bilhões

Manhã Cripto: Bitcoin se mantém em US$ 63 mil enquanto Mt. Gox move US$ 2,8 bilhões

Especialistas estão confiantes na capacidade do mercado absorver qualquer pressão de venda que possa vir dos credores da Mt. Gox
pilha de moedas douradas XRP Ripple

XRP valoriza mais de 40% na semana; entenda os motivos

Enquanto alguns especialistas acreditam que a alta do XRP agora dará uma pausa, traders apostam no potencial de mais ganhos nas próximas semanas
Imagem da matéria: Grayscale lança fundo para oferecer exposição  a protocolos que conectam blockchain e IA

Grayscale lança fundo para oferecer exposição a protocolos que conectam blockchain e IA

“Os protocolos de IA baseados em blockchain incorporam descentralização, acessibilidade e transparência”, diz Grayscale
Ilustração de bandeira do Brasil dentro moeda de Bitcoin

Brasil é o 6º país com maior adoção de criptomoedas do mundo

Ranking global de adoção de criptomoedas é liderado pelos Emirados Árabes, com 25%; Brasil aparece em 6º, com 17,5%