O Bitcoin (BTC) chegou a ser negociado a US$ 32.900 na quarta-feira (19), valor 50% abaixo de sua máxima histórica de US$ 64 mil, registrada no dia 14 de abril. A correção, que deixou investidores novos em pânico e no prejuízo, foi a maior em números absolutos da história da criptomoeda.
Em termos percentuais, no entanto, essa queda está longe de ocupar a liderança. Conforme gráfico publicado pelo site Visual Capitalist nesta semana, a maior correção até agora ‘pós topo de preço’ foi vista entre 30 de novembro de 2013 e 14 de janeiro de 2016. Naquele período, a moeda desvalorizou 86,9%, caindo de US$ 1.163 para US$ 152.
A queda meteórica ocorreu por causa de diversos fatores que mancharam a imagem do ativo digital no período, como o banimento do Bitcoin na China, reiterado nesta semana; os hacks na exchange e Mt. Gox, que geraram um prejuízo milionário; e problemas regulatórios.
A segunda maior correção ocorreu após o bull run de 2017, quando a criptomoeda quase encostou no US$ 20 mil pela primeira vez. De 17 de dezembro daquele ano até 15 de dezembro de 2018, o BTC desvalorizou 83,6% e desabou de US$ 19.666 para US$ 3.220.
No final do ano passado, especialistas ouvidos pela reportagem do Portal do Bitcoin disseram que a queda ocorreu devido à imaturidade do mercado da época, repleto de investidores novos atrás de lucro fácil.
Entre 10 e 12 de abril de 2013, o BTC também desvaloriou 82,6% e viu seu preço cair de US$ 259 para US$ 50, naquela que foi a terceira maior correção do ativo digital. Problemas com a Mt. Gox, segundo a BBC, afetaram a criptomoeda.
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Em quarto lugar na lista está o tombo registrado entre 26 de junho de 2019 e 12 de março de 2020. Ao longo daqueles nove meses, a moeda desvalorizou 60,8%, caindo de US$ 12.867 para US$ 5.040, sendo negociada a US$ 3.960 em alguns momentos.
Aquele 12 de março entrou para a história como o dia em que o BTC registrou a maior queda diária de todos os tempos. O que levou o BTC para baixo, junto com toda a economia global, foram o início da pandemia do novo coronavírus e a queda do petróleo, causada por uma disputa entre Rússia e Arábia Saudita.
A quinta maior correção ocorreu entre os dias 7 e 19 de agosto de 2012, quando a moeda passou de US$ 7 para US$ 16 (desvalorização de 56,3%). O motivo, segundo o gráfico da Visual Capitalist, foi um esquema ponzi conhecido como Bitcoin Savings & Trust, que gerou perdas de 150 mil BTC na época.
Em sexto lugar na lista está o ‘baque’ sofrido nesta semana. Os principais motivos, como é conhecido do mercado, foram as declarações do governo da China – que reiterou que bancos e empresas de pagamentos não podem oferecer serviços relacionados a criptomoedas a clientes – e o anúncio da Telsla sobre não aceitar mais Bitcoin como pagamento.
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