Imagem da matéria: Quais as principais diferenças entre blockchain público e privado
Foto: Shutterstock

A cada semana que passa descobre-se novas oportunidades para o uso de blockchains, vislumbrando um futuro melhor e mais brilhante.

A Tecnologia Blockchain não se limita apenas ao desenvolvimento de criptomoedas e está se difundindo cada vez mais em diferentes áreas.

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Com a grande diversidade de usos previstos, surgiram dois modelos blockchain fundamentalmente diferentes: os Privados e os Públicos.

Neste artigo, vou distinguir as principais diferenças para cada modalidade.

Contextualizando blockchain

É impossível que um sistema único e global de blockchain atenda a todos os setores, já que cada setor possui necessidades específicas.

Por conta dessa diversidade de usos, diferentes blockchains foram sendo criados para suprir a demanda, cada um com um conjunto único de protocolos, embora os pilares do sistema permaneçam os mesmos.

Essas diversas redes se enquadram em duas categorias:

  • Blockchain Público — de acesso aberto
  • Blockchain Privado — de acesso autorizado

Vamos explorar as implicações envolvidas em cada tipo e, neste processo, identificar a diferença entre eles.

Blockchain Público 

A comunidade blockchain considera o modelo público como a personificação do conceito inicial da tecnologia, como havia sido pensado por Satoshi Nakamoto.

Esse modelo é bastante simples, pois não é necessária autorização para poder participar dessa rede blockchain e contribuir para sua manutenção.

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Como qualquer pessoa pode participar da rede, ela é mais descentralizada quando comparada com os blockchains privados.

Contudo, uma consequência dessa maior descentralização é que os blockchains sem permissão são mais lentos que o modelo privado.

É importante destacar que quem autentica os dados de transação mantidos nos blockchains públicos é o próprio público.

Como não há intermediários para regular o que acontece nessa rede, o sistema depende da validação pública para chegar a um consenso sobre quais transações são legítimas. Bitcoin é um exemplo de blockchain sem permissão.

Blockchain Privado 

Blockchains privados são o extremo oposto da modalidade anterior. De início, o objetivo dessa tecnologia era fornecer um sistema transparente, gratuito e descentralizado.

No entanto, esses blockchains requerem autorização para a colaboração no sistema. Consequentemente, ocorre uma centralização do controle desse sistema.

Isso porque o proprietário de um blockchain privado pode controlar a organização do sistema, a emissão de atualizações de software, supervisionando tudo o que ocorre na rede.

Quando se trata da validação de dados em blockchains privados, apenas alguns membros aprovados executam essa tarefa em nome de toda a rede.

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É importante ressaltar que o proprietário de um blockchain dessa natureza pode decidir, também, quem visualiza essas informações. Um exemplo de uma blockchain permitida é o Ripple.

Em conclusão, os sistemas privados tendem a ser mais escaláveis e mais rápidos, mas são mais centralizados.

Os sistemas públicos estão abertos para que todos participem e, por isso, são mais descentralizados. Contudo, isso implica em menor velocidade de transações e menor escalabilidade.

Sobre o autor

Fares Alkudmani é formado em Administração pela Universidade Tishreen, na Síria, com MBA pela Edinburgh Business School, da Escócia. Desde janeiro de 2019, atua na empresa de criptomoedas Changelly como gerente geral para a América Latina.

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