O governo da Mongólia Interior, região autônoma que faz fronteira com a China e a Rússia, proibiu a mineração de bitcoin e afirmou que vai mandar fechar todas empresas do setor até abril. Segundo publicação do Bloomberg nesta segunda-feira (01), o objetivo é restringir o crescimento no consumo de energia para cerca de 1,9% em 2021.
O anúncio, feito no último dia 25 pela Comissão Interna de Desenvolvimento e Reforma da Mongólia, desanimou um setor que já passou por uma série de repressões do governo da China que ocorreram nos últimos anos. As preocupações, disse o site, eram com bolhas especulativas, fraudes e desperdício de energia.
De acordo com o Bloomberg, a investida das autoridades da Mongólia Interior acontece semanas depois da China criticar a região por ter sido a única província a não controlar o consumo de energia em 2019.
Um plano preliminar agora, pretende reduzir o consumo de energia para elevar o PIB em 3% este ano, limitando para cerca de 5 milhões de toneladas de carvão usado no fornecimento de eletricidade. Conforme a reportagem, a Mongólia é famosa por sua energia barata e por isso atraiu investimentos de uma infinidade de setores intensivos em energia, como a mineração de bitcoin.
A região foi responsável por 8% do poder de computação de mineração de bitcoin em todo o mundo, de acordo um estudo da Universidade de Cambridge. A China, continuou o site, em geral tinha mais de 65% do total da rede, resultado de uma combinação de eletricidade, mão de obra e chips mais baratos.