Imagem da matéria: Projeto da Worldcoin que escaneia olhos é investigado na Europa por ameaça à privacidade: "Parece questionável"
(Foto: Divulgação/Worldcoin)

Ainda não completou uma semana que a criptomoeda Worldcoin (WLD) está em circulação no mercado e os reguladores europeus já veem possíveis irregularidades no projeto. A raiz das preocupações está na parte do escaneamento da íris dos olhos dos investidores, necessária para criar uma identificação digital e distribuir criptomoedas.

Reportagem da Reuters desta sexta-feira (28) confirmou que o órgão regulador de privacidade da França, CNIL, já tem conhecimento sobre a existência do projeto Worldcoin criado por Sam Altman — executivo que também está por trás da inteligência artificial ChatGPT — e que começou a investigar as operações do grupo e suas possíveis violações de privacidade. 

Publicidade

Leia também: Empresa distribui R$ 250 em criptomoedas para escanear olhos das pessoas em São Paulo

“A legalidade desta coleta de informações parece questionável, assim como as condições para armazenar dados biométricos”, respondeu um representante da CNIL à Reuters. A entidade confirmou que também está apoiando o trabalho dos reguladores do estado da Baviera na Alemanha, que tem jurisdição sobre o tema.

Antes disso, os reguladores de dados da Grã-Bretanha já haviam adiantado na terça-feira (26), um dia após o lançamento oficial da criptomoeda, que vão examinar de perto a Worldcoin.

“Notamos o lançamento da WorldCoin no Reino Unido e faremos mais investigações”, disse na ocasião um porta-voz do Information Commissioner’s Office à Reuters.

Worldcoin

O protocolo Worldcoin, desenvolvimento pela Worldcoin Foundation e Tools for Humanity, foi lançado oficialmente na madrugada de segunda-feira (24) após a migração do projeto para a Optimism, rede de segunda camada do Ethereum.

Publicidade

Em meio a isso, o equipamento que faz o escaneamento de íris de investidores começou a se espalhar pelo mundo. No Brasil, é possível escanear a íris em três endereços diferentes na cidade de São Paulo, ganhar cerca de R$ 250 e obter um certificado digital de prova de humanidade. 

O lançamento foi discreto e a divulgação circulou mais em grupos de WhatsApp do mercado. Em todos os locais, os funcionários se identificavam como operadores da Orb — um semi-esfera metálica de cerca de 2 quilos que faz o registro da íris. A ideia é criar um tipo de identificação chamada de ‘prova de humanidade’. 

Embora uma parte significativa do mercado esteja cética quanto à proposta da Worldcoin e resiste em ter seus olhos escaneados em troca de algumas criptomoedas, o projeto avança.

Leia mais: Criador do Ethereum revela quatro grandes riscos na nova criptomoeda Worldcoin (WLD)

Sam Altcoin divulgou no Twitter um vídeo que mostra uma longa fila de pessoas aguardando a sua vez de ter os olhos escaneados. Na estimativa do empresário, uma pessoa está sendo verificada a cada 8 segundos ao redor do mundo.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: CAKE decola mais de 110% na semana; entenda por quê

CAKE decola mais de 110% na semana; entenda por quê

Pancake Swap, exchange descentralizada que criou o token CAKE, é o maior protocolo baseada na BNB Chain e vem aproveitando o hype das memecoins
homem algemado com as mãos para trás

Polícia apreende R$ 285 mil em criptomoedas de jovem que fraudou fintech de Florianópolis

As investigações continuam para identificar outros membros do grupo criminoso
logo a binance no celular e bandeira dos EUA no fundo

Binance volta a operar com dólar nos EUA após 19 meses sem bancos

Inicialmente a Binance.US afirmou que foi forçada a operar apenas com criptomoedas devido às “táticas intimidatórias” da SEC
Imagem da matéria: Alguém ganhou US$ 100 mil em Bitcoin com um pacote de cartas de US$ 50

Alguém ganhou US$ 100 mil em Bitcoin com um pacote de cartas de US$ 50

Além do cartão de resgate de Bitcoin, o conjunto inclui cartões de resgate para Ethereum (ETH), Litecoin (LTC) e Dogecoin (DOGE)