O Ethereum chega ao seu 13º dia consecutivo de alta à medida que o mercado parece estar otimista com a chegada da atualização London, prevista para ser ativada na rede principal do ETH na quinta-feira (05).
O movimento de alta começou logo após a moeda atingir a cotação mais baixa do mês de US$ 1.730 em 20 de julho. No dia seguinte, o preço do ether disparou 15% e, ao quebrar a barreira dos US$ 2 mil, causou um rali que se estende até hoje.
De acordo com os dados do CoinMarketCap, o ether está em alta de 1,2% nesta segunda-feira (2), valendo US$ 2.620. Neste ritmo, a valorização do ativo nos últimos sete dias chega a 12%, um ganho que sobe para 17% no mês.
A última vez que o criptoativo conseguiu se manter em alta por tantos dias consecutivos foi no final de abril e início de maio, período que precedeu a máxima histórica de US$ 4.360 alcançada em 12 de maio.
Atualização a caminho
O que pode explicar o otimismo em torno da segunda maior criptomoeda do mundo é o hard fork London que chega no bloco 12,965,000 do Ethereum.
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A contagem regressiva do ethernodes.org estima que o bloco seja minerado na manhã de quinta-feira (5) — dependendo da movimentação da rede a data final pode sofrer alterações.
A melhoria mais aguardada desta atualização é o EIP-1559, que determina que as taxas de transação pagas pelos usuários passem a ser queimadas ao invés de ir para os mineradores.
A medida tende a conter a inflação do Ethereum ao tirar de circulação os tokens usados para custear as transações, diminuindo a sua oferta no mercado — o que na teoria pode ajudar na sua valorização.
O EIP-1559 também deve ajudar a baratear as taxas. Atualmente, os mineradores priorizam as transações que pagam as maiores tarifas de gas como forma de aumentar seus lucros. Com o congestionamento que o boom das finanças descentralizadas (DeFi) e NFTs causaram na rede, as transações passaram a se tornar mais caras e lentas.
A atualização desta semana tenta diminuir esse problema. Os usuários pagarão apenas uma taxa básica determinada automaticamente pela rede, e não será mais responsabilidade dos mineradores decidir os custos das transações.
O hard fork contará com mais quatro melhorias que vem para tornar o ecossistema mais estável e eficiente, como a EIP-3529 que acaba com o sistema de reembolsos de gas.
O Ethereum, que na última sexta (30) comemorou seis anos de existência, está se preparando para abandonar a mineração tradicional baseada no consenso de prova de trabalho e migrar para a prova de participação no Ethereum 2.0, previsto para chegar na rede no início do ano que vem.