A gestora global de ativos VanEck previu na quarta-feira (5) que o preço do Ethereum chegará a US$ 22 mil até o final da década, apelidando a criptomoeda de “petróleo digital” em um novo relatório. Isso representaria um aumento de 468% em relação ao preço atual do criptoativo.
Embora o Ethereum tenha gerado uma receita de US$ 3,4 bilhões no ano passado, a VanEck também prevê que esse número chegue a US$ 51 bilhões até 2030.
“Acreditamos que a ETH é um ativo revolucionário com poucos paralelos no mundo financeiro não cripto”, afirmou o relatório. “É provável que a rede Ethereum continue seu rápido crescimento de participação no mercado dos participantes tradicionais do mercado financeiro e, cada vez mais, das Big Techs.”
A VanEck caracterizou o Ethereum como a peça central de seu próprio sistema financeiro, pois sua blockchain já garante mais de US$ 90 bilhões em stablecoins, cerca de US$ 7 bilhões em ativos tokenizados e US$ 308 bilhões em ativos digitais.
Ao mesmo tempo, a VanEck vê o Ethereum fazendo incursões fora das criptomoedas. Com base no tamanho dos setores de negócios que os aplicativos criados pelo Ethereum poderiam revolucionar, a VanEck estimou que o mercado total endereçável da rede é de US$ 15 trilhões. Essas oportunidades estão principalmente em finanças, bancos e pagamentos, disse VanEck.
O Ethereum também poderia encontrar papéis em infraestrutura e inteligência artificial, acrescentou a empresa, bem como em marketing, publicidade, redes sociais e jogos.
O relatório destacou alguns dos aspectos distintos do Ethereum como uma rede e um ativo, desde sua natureza como “dinheiro programável” até uma “commodity com rendimento”. Notavelmente, o relatório da VanEck chama o ativo digital de “moeda de reserva da Internet”, central para seu enorme ecossistema e redes de segunda camada.
O relatório foi publicado pouco tempo depois da aprovação pela SEC dos ETFs de Ethereum. Permitindo que os principais investidores ganhem exposição à criptomoeda em uma conta de corretagem tradicional, a medida também teve implicações para o status regulatório do Ethereum.
Para os nativos cripto, o conceito pode ser básico, mas sua importância foi ressaltada pela VanEck: para enviar Ethereum ou se envolver com contratos inteligentes, um usuário precisa gastar o criptoativo em taxas de gás, que são então removidas da circulação por meio de queima. Em essência, a VanEck disse que essa dinâmica beneficia os detentores do ativo digital de duas maneiras: fornecendo demanda e reduzindo a oferta.
O gerente de ativos espera que o Ethereum também afaste os gigantes da tecnologia estabelecidos, como Google e Apple, como uma plataforma para que os desenvolvedores criem aplicativos voltados para o consumidor. Enquanto as empresas ficam com cerca de 30% da receita de aplicativos hospedados em suas respectivas lojas digitais, a VanEck disse que o Ethereum atualmente fica com cerca de 24% das taxas de gás do reventhrough.
“Em comparação com as plataformas de redes sociais centradas em dados, como o Facebook, acreditamos que o Ethereum é capaz de possibilitar aplicativos mais eficientes e lucrativos para os empreendedores”, afirma o relatório. “À medida que mais dados são gerados em público e mais comércio é retirado de trilhos financeiros caros e fechados, os espaços de negócios sofrerão erosão.”
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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