Imagem da matéria: Porsche, Mercedes Benz e BMW: Justiça bloqueia carros de luxo dos donos da BlueBenx
CEO da BlueBenx teve um Porsche Panamera de R$ 700 mil bloqueado (Foto: Porsche)

Os principais líderes da Bluebenx, Roberto Cardassi e William Batista, tinham o equivalente a R$ 1,4 milhão em carros de luxo na garagem de casa, agora proibidos de circular por uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.

O bloqueio aconteceu porque a dupla de empresários decidiu parar de pagar os clientes da BlueBenx, empresa que prometia investimentos em criptomoedas com retornos de até 66% ao ano. A empresa alega ter sido vítima de um golpe que fez evaporar R$ 160 milhões do seu caixa, uma história que não convenceu parte dos clientes, que temem terem sido vítimas de uma fraude financeira.

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Isso levou muitas pessoas a entarem com processos contra os empresários. Os carros foram bloqueados no dia 19 de agosto após a Justiça acatar um pedido de uma vítima que tenta recuperar R$ 10,5 mil investidos na BlueBenx.

Um documento obtido pelo Portal do Bitcoin mostra que entre os veículos bloqueados por meio do sistema do RENAJUD, a maioria eram carros de luxo como Porsche, Land Rover, Mercedes Benz e BMW que juntos, somam R$ 1.467.700.

Roberto Cardassi, o CEO da BlueBenx que supostamente mentiu sobre sua formação acadêmica e já se envolveu com outras empresas problemáticas no passado, tinha sozinho R$ 1 milhão em veículos. 

Em seu nome, foram localizados três carros e uma moto, agora proibidos de circular. O mais caro é um Porsche Panamera 4EHST, de cerca de R$ 703,2 mil. Ele também possuía uma Mercedes-Benz E 250 Exclusive, avaliada em R$ 310 mil.

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A estimativa do valor dos carros segue a tabela oficial da Fipe, que indica os preços médios de veículos no mercado nacional. 

Cardassi também tinha uma moto HONDA CBX 200 Strada de R$ 6 mil em sua posse, além de um Fiat Marea HLX, de cerca de R$ 15,7 mil. Esse carro, no entanto, aparece no sistema como um veículo roubado.

Leia também: Roberto Cardassi teve outra empresa com problemas e mentiu sobre Harvard. Quem é o CEO da BlueBenx

Já no nome do William Tadeu Batista Silva, braço direito de Cardassi e vice-presidente de operações da BlueBenx, foram localizados dois carros de luxo que juntos valem R$ 432,8 mil.

O mais caro é um Land Rover Discovery Sport 2.0 D240, de cerca de R$ 234,8 mil. Já a BMW 430i Gran Coupé M Sport do empresário vem logo atrás, valendo R$ 198 mil.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo fez o bloqueio de circulação e transferência desses cinco veículos dos líderes da BlueBenx, com exceção do Fiat supostamente roubado. Apesar disso, ainda não está claro se os carros foram apreendidos pelas autoridades.

“Foi determinado pelo juiz do processo a inscrição no sistema RENAJUD dos veículos das partes requeridas. Foram identificados alguns veículos em suas propriedades e gravou-se restrição de transferência e circulação. Até o presente momento não há notícias de localização dos veículos”, disse à reportagem João Wisniewski, advogado que teve o pedido de bloqueio acatado.

Contas zeradas 

A decisão de final de agosto que levou ao bloqueio dos carros de luxo de Roberto Cardassi e William Batista, aconteceu após o juiz responsável pelo caso, Daniel Dabretti, da 5ª Vara Cível do Foro Regional de Itaquera (SP), ver sinais de fraude nas operações da BlueBenx.

“O autor, assim como outros clientes, iludidos com a promessa de retorno muito acima da média de qualquer investimento disponibilizados por empresas que legitimamente atuam no setor, aportou recursos junto à parte requerida e, como era de se esperar, ao que tudo indica se trata de uma fraude”, diz trecho de sua decisão.

O juiz aponta que esse entendimento já foi inclusive defendido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na investigação que abriu contra a BlueBenx no passado pela oferta irregular de investimentos em bitcoin.

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Dessa forma, o magistrado determinou o arresto cautelar de bens das empresas BlueBenx Pagamentos Sociedade Anônima, Bluebenx Tecnologia Financeira Sociedade Anônima, Bbx Capital Intermediação e Tecnologia Ltda, e dos sócios William Tadeu Batista Silva e Roberto de Jesus Cardassi.

Dessas buscas, foram encontrados apenas os veículos citados anteriormente. As contas bancárias dos empresários da BlueBenx já estavam zerados no momento das buscas.

Nos documentos vistos pela reportagem, o pedido de bloqueio das contas de Roberto Cardassi foi enviado à 19 instituições financeiras do Brasil, e em nenhuma foi encontrado dinheiro. A mesma coisa aconteceu nas consultas das contas de William Batista.

O advogado João Wisniewski disse que vai fazer novos pedidos de bloqueio para tentar reaver o prejuízo dos clientes. Um das esperanças é encontrar criptomoedas em posse dos empresários, “caso contrário, será uma dura realidade para as pessoas que acreditaram na BlueBenx e aplicaram todas suas economias, alguns com economias de uma vida toda”.

Leia também: Dinheiro roubado da BlueBenx foi parar em carteira da Binance

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