A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (28/7) a Operação Traders, que investiga uma pirâmide financeira com vítimas no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Os criminosos captavam dinheiro alegando que fariam operações na Bolsa de Valores, o que nunca ocorreu.
Segundo comunicado divulgado pela PF para a imprensa, os investigados se apresentavam como traders financeiros e prometiam lucros de até 6,4% em bolsa de valores. Quando tentavam realizar operações de “day trade”, os golpistas realizavam perdas seguidas nos resultados.
As operações eram feitas através de pelo menos 22 empresas não autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado.
Novo golpe de pirâmide financeira
Conforme aponta a PF, quando a pirâmide perdeu a liquidez, a líder do esquema, que residia em Umuarama (PR), passou a dissimular o objeto fictício das empresas, tendo apresentado aos clientes a alegação de que iria migrar de “operações em bolsa de valores” para criação um “banco digital”.
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Com este novo empreendimento, diziam os acusados, eles supostamente conseguiriam honrar os contratos de pagamentos de valores, que eram muito superiores ao que o mercado real costuma pagar a investidores.
Os valores aplicados pelas vítimas variavam de R$ 1 mil (valor mínimo aceito pelo grupo), sem limite máximo. Algumas pessoas investiram cifras que ultrapassaram um milhão de reais.
O dinheiro captado era depositado diretamente nas contas das empresas investigadas e depois transferido, parcialmente, para as constas pessoais dos líderes do esquema. Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Contra o Mercado de Capitais, Contra a Economia Popular, Organização Criminosa e Lavagem de dinheiro.
Operação policial
Foram mobilizados aproximadamente 70 Policiais Federais e 15 servidores da Receita para o cumprimento de 17 mandados judiciais, nas cidades de Umuarama, Guaíra, Douradina, Foz do Iguaçu e Curitiba, todas no Paraná, e em Taboão da Serra/SP.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o sequestro de automóveis, imóveis e criptoativos. As ordens foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba/PR.