Polícia Civil de SP pede prisão de donos da Braiscompany e mais dois funcionários

Antônio Neto Ais já está preso na Argentina, enquanto Fabrícia Campos está em liberdade condicional
Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, casal que lidera a Braiscompany (Foto: Reprodução/Instagram)

O casal Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos (Reprodução/Instagram)

A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) pediu a prisão preventiva Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, o casal por trás da pirâmide financeira  Braiscompany que ruiu no início de 2023. Os ex-funcionários Mizael Moreira Silva e Karla Roberta Pereira Alves também estão na lista, segundo informações do G1 desta terça-feira (2).

A PCSP classificou a Braiscompany como uma “empresa de pseudoinvestimento”, justificando os pedidos de prisão para garantir a ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal.

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O processo foi remetido a Campina Grande a pedido do Ministério Público de São Paulo.

Casal foi preso na Argentina

Antônio e Fabrícia foram presos pela Interpol na Argentina no fim de fevereiro deste ano, depois de longos meses foragidos da justiça brasileira; dias depois, Fabrícia conseguiu um habeas corpus e foi liberada. Contudo, ambos aguardam a extradição para o Brasil. 

Em julho do ano passado, os sócios da Braiscompany foram acusados pela Polícia Federal de crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Em fevereiro deste ano, o juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal em Campina Grande, condenou Antônio Ais a 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia a 61 anos e 11 meses, além de condenar mais oito envolvidos no processo.

De acordo com o G1, Karla entrou na mira das autoridades somente agora devido a uma investigação da polícia paulista — ela é apontada como uma “laranja” que emprestou o nome para ser usado em uma transferência de uma Ferrari de Neto Ais.

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A pirâmide Braiscompany

A Braiscompany era uma empresa que prometia retornos fixos aos seus clientes por meio do suposto investimento em criptomoedas. O esquema pedia que a pessoa comprasse valores em Bitcoin e os enviasse para uma wallet da empresa.

Em dezembro de 2022, a Braiscompany parou de pagar os clientes. Em fevereiro do ano passado, a pirâmide ruiu: o Ministério Público Federal abriu um processo penal contra Neto Ais e Fabrícia Campos e a Justiça autorizou pedidos de prisão preventiva que tentaram ser cumpridos na Operação Halving em fevereiro. O casal, no entanto, fugiu.

Em julho passado, um relatório de investigação emitido pela Polícia Federal apontou que Netos Ais e sua esposa fugiram para a Argentina usando passaporte de familiares.

Segundo a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas vinculadas aos sócios da Braiscompany.