PF prende brasileiro que usava criptomoedas para ocultar ganhos com tráfico de pessoas

É a segunda operação da Polícia Federal contra grupos que promovem a imigração ilegal de pessoas feita em menos de um mês em Minas Gerais
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Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (13) um homem residente da cidade de Dom Cavati (MG) acusado de facilitar a migração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos através da fronteira do país com o México.

A prisão foi feita no âmbito da operação Trinta Réis — em referência ao nome de ave migratória — que também determinou o bloqueio de ativos financeiros, incluindo criptomoedas usadas pelo investigado para ocultar o dinheiro obtido com a atividade criminosa.

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Além de criptoativos, a PF também apreendeu diversos veículos, imóveis e valores em espécie, conforme explica nota oficial que detalha os motivos da operação:

“Há evidências de que, entre dezembro de 2020 e março de 2021, o investigado tenha promovido a migração ilegal de ao menos 17 pessoas para os EUA via México. A investigação foi originada de informação prestada pelo Oficialato de Ligação em El Passo/Texas – EUA, dando conta do envolvimento do suspeito na promoção de migração ilegal para os Estados Unidos”.

O homem preso na operação de hoje responderá pelo crime de tráfico de pessoas. Se condenado, sua pena pode ultrapassar 30 anos de condenação.

Segunda operação em menos de um mês

As apreensões de hoje da Polícia Federal acontecem menos de um mês depois de ser deflagrada a operação Relicta Mori, que também tinha como alvo uma organização criminosa que promovia a migração ilegal na região de Governador Valadares, em Minas Gerais.   

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Naquele dia 21 de junho, as autoridades também confiscaram criptomoedas que estavam em posse da quadrilha, sem revelar as quantias apreendidas. No total, o grupo era acusado de facilitar a entrada ilegal de 197 pessoas, incluindo crianças e adolescentes.

Na ocasião, dois membros da organização foram detidos e além do crime de tráfico de pessoas, poderão responder pelo homicídio de um brasileiro morto em 2021 durante uma tentativa de travessia ilegal para os EUA, promovida pela quadrilha.