A geração Z, que abarca jovens entre 16 e 25 anos, é a que proporcionalmente mais investe em moedas digitais e criptomoedas no Brasil: no total, 5% desse grupo aplica dinheiro nessa classe de ativos.
Os dados são do relatório “Raio X do Investidor Brasileiro”, feito pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e divulgado nesta quarta-feira (8).
Segundo a pesquisa, dentro da população em geral, cerca de 2% faz investimento na categoria.
De acordo com os números mais recentes do IBGE, a população brasileira é de 214 milhões de habitantes, o que significa que cerca de 4,2 milhões de brasileiros teriam investimento em criptomoedas.
Recorte por geração
Além da geração Z, o levantamento também mostra a quantidade de pessoas de outras faixas demográficas que colocam dinheiro nas criptomoedas.
Entre os millenials (pessoas entre 26 e 40 anos), 4% investem em cripto. O número cai para 1% entre os membros da geração X (41 a 60 anos).
Já olhando para os baby boomers (61 a 75 anos) e mais velhos (mais de 76), não há registro de quantidade mínima de investidores em cripto para gerar alguma porcentagem.
Posição econômica dos investidores em cripto
A pesquisa mostra que, de forma geral, 2% da população brasileira investe na categoria que foi chamada de “moedas digitais, criptomoedas e criptoativos”.
Dentro desse total, o recorte por classe social é importante. Entre os mais ricos, classes A e B, cerca de 5% investem em cripto. Mas esse número cai para 2% na classe C e para apenas 1% nas classes D e E.
Definição das classes
Sem a realização do Censo desde 2010, a pesquisa também ajuda a traçar um panorama do país. De acordo com os dados do levantamento, a renda familiar média é de R$ 3.773,00 e a idade média é de 42 anos.
Na distribuição demográfica, 44% da população mora no Sudeste, 26% no Nordeste, 15% no Sul, 8% no Centro-Oeste e 8% no Norte.
As classes A e B são apresentadas em conjunto. É uma parcela da população que tem renda familiar média de R$ 7.943 e 49% tem formação em Ensino Superior. Além disso, 59% dessa população mora no Sudeste.
A pesquisa porém faz uma divisão social mais específica: 3% da população está na classe A e 22% na classe B.
A classe C tem renda familiar média de R$ 2.904 e é a maior: 47% dos brasileiros se enquadram nessa faixa.
As classes D e E também são apresentadas em conjunto. Têm renda média familiar de R$ 1.492 e são 28% da população brasileira.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa ouviu 5.878 pessoas nas cinco regiões do país, todas com 16 anos ou mais, sendo 1.393 pessoas da classe A/B e 2.810 pessoas da classe C. Pela primeira vez, foi incluída a classe D/E, com 1.675 entrevistas.
A amostra é composta por pessoas economicamente ativas, aposentadas e inativas que possuem ou não renda. Estima-se que este perfil corresponda a 167,9 milhões de habitantes.
A coleta de dados para a quinta edição do Raio X do Investidor Brasileiro foi realizada em campo, com entrevistas feitas pessoalmente em todas as regiões.
As entrevistas foram realizadas entre os dias 9 e 30 de novembro de 2021. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.