A plataforma de mineração sustentável de Bitcoin, Sazmining, está se expandindo para o Paraguai com planos de aproveitar a potência da hidrelétrica de Itaipu, conforme anúncio da startup na quinta-feira (27).
Uma nova instalação da empresa deverá entrar em operação em setembro no país vizinhoe conterá rings de mineração compradas pelos clientes da Sazmining. A plataforma permite que as pessoas comprem máquinas de mineração de Bitcoin, as quais a Sazmining mantém e alimenta com 100% de energia renovável.
Na semana passada, outra empresa de mineração, a Bitfarms, também havia anunciado planos para uma nova unidade em solo paraguaio para aproveitar a energia barata local.
Itaipu, localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, foi concluída em 1991 e se estende por cerca de oito quilômetros. O fundador e CEO da Sazmining, William Szamosszegi, disse que esse é um local ideal para adquirir energia hidrelétrica a preços menores.
“Muitas das coisas que procuramos — ou que qualquer bom minerador procura — a gente conseguiu descobrir no Paraguai“, disse ele. “Estamos hiper-focados em colocar nossa filosofia lá fora com o desejo de melhorar a relação da humanidade com dinheiro e energia.”
Szamosszegi descreveu a oferta de varejo da empresa como uma forma alternativa de adquirir Bitcoin, em vez de explorar uma exchange. A participação no processo de mineração está mais alinhada com a visão do criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, afirmou.
Mineradores de Bitcoin e energia renovável
Os mineradores desempenham um papel essencial em manter a rede Bitcoin em funcionamento através de um processo conhecido como prova de trabalho. Eles correm para resolver quebra-cabeças criptográficos complexos e são recompensados com Bitcoin recém-cunhado por verificar transações.
Com base no excedente de energia da barragem, Szamosszegi disse que a Sazmining pode hospedar plataformas de mineração a US$ 0,047 por kWh — significativamente mais barato do que um custo médio de US$ 0,16 por kWh nos EUA.
As instalações da empresa no Paraguai representam uma expansão da presença da Sazmining. A startup possui atualmente uma instalação hidrelétrica localizada no Estado americano de Wisconsin capaz de gerar 1,7 megawatts.
A expansão da empresa no Paraguai terá uma capacidade inicial de até 5 megawatts, disse Szamosszegi. Para efeito de comparação, a rede do Bitcoin tem um consumo anualizado de 135 terawatt-hora, de acordo com o Índice De Consumo De Eletricidade Bitcoin da Universidade de Cambridge (1 terawatt equivale a 1.000.000 megawatts).
Consumo de energia do Bitcoin
Embora o consumo de energia e o impacto do Bitcoin no meio ambiente tenham atraído o escrutínio de críticos, incluindo legisladores nos EUA, os defensores afirmam que o Bitcoin pode fornecer uma reserva alternativa de valor para o excedente de energia.
O Presidente e COO da Sazmining, Kent Halliburton, disse que a nova instalação fará exatamente isso, evitando que o excesso de energia do país seja vendido com prejuízo.
“A mineração de Bitcoin efetivamente transforma o que antes era uma perda em um empreendimento lucrativo para todo o país”, disse Halliburton, acrescentando que a medida é um investimento em “infraestrutura elétrica que continuará a servir o Paraguai por gerações.”
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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