Bitcoin Family, Família
(Divulgação/Bitcoin Family)

O influenciador cripto Didi Taihuttu, patriarca da famosa ‘Família Bitcoin‘, afirmou recentemente que precisou reformular toda a estrutura de segurança da família diante do aumento de ameaças a investidores de criptomoedas em diversos países. Ele e sua família ganharam notoriedade mundial em 2017, ao venderem todos os seus bens para adotar um estilo de vida nômade baseado exclusivamente em Bitcoin.

De acordo com a CNBC, Taihuttu afirmou que nos últimos meses — e em meio a várias crimes físicos envolvendo investidores de criptomoedas — abandonou as carteiras de hardware em favor de um sistema híbrido: parte analógico, parte digital, com frases-semente criptografadas, divididas e armazenadas por meio de serviços baseados em blockchain e escondidas em quatro continentes.

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“Mudamos tudo”, disse Taihuttu à reportagem por telefone. “Mesmo que alguém me apontasse uma arma, não posso dar a eles mais do que o que está na minha carteira ou no meu celular. E isso não é muita coisa.”

Mas a tática dos Taihuttus de espalhar suas carteiras físicas de Bitcoin em vários continentes não é nova. Desde que deixaram a Holanda em 2017 eles escolheram a dedo vários lugares para os esconderijos na Europa e na América do Sul.

A Família Bitcoin nunca revelou quanto mantém em Bitcoin, mas na reportagem Taihuttu deixou transparecer que não é pouco ao compartilhar sua meta para o atual ciclo de alta: obter um patrimônio líquido de US$ 100 milhões, com 60% em Bitcoin e o restante em altcoins como Ethereum (ETH) e Solana (SOL).

Família Bitcoin pelo mundo

A jornada da Família Bitcoin começou em 2017, quando eles venderam sua empresa, casa, carros e até mesmo os brinquedos infantis por bitcoins para dar início ao sonho “multimilionários em 2020”.

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A família lucrou com a alta estratosférica do Bitcoin em 2017, quando a criptomoeda saiu de US$ 800 no início do ano para US$ 20 mil em dezembro. O objetivo original era vender os bitcoins em 2020 e depois reinvestir quando o preço caísse novamente.

Taihuttu e família passaram por cerca de 40 países, onde criaram projetos financiados por criptomoedas para ajudar os pobres, bem como sua própria marca de produtos. A Família Bitcoin documenta toda sua jornada em vídeos.

Família Bitcoin evita França após casos de sequestro

Uma onda de ataques físicos e sequestro a detentores de criptomoedas cresceu neste ano, principalmente na França. Em janeiro, houve o sequestro violento do cofundador da Ledger, David Balland, e de sua esposa. O suspeito é o franco-marroquino Badiss Mohamed Amide Bajjou, preso na semana passada.

Procurado pela Interpol por crime de extorsão e sequestro, entre outras acusações, Bajjou se juntou a outros 12 que foram presos pela polícia francesa em um caso que aconteceu em plena luz do dia no mês passado, quando quatro indivíduos atacaram a filha grávida do CEO e cofundador da corretora de criptomoedas francesa Paymium, Pierre Noizat, e sua família.

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Embora os sequestros na França estejam entre os mais chocantes até o momento, “ataques de chave inglesa” — ou ataques físicos contra detentores de criptomoedas — estão ocorrendo no mundo todo, incluindo pelo menos dois relatados nas últimas semanas em Uganda e nos Estados Unidos. 

Um banco de dados de ataques — muitos dos quais não são reportados — mantido por Jameson Lopp, cofundador da Casa, empresa de segurança para Bitcoin, detalha 29 ataques reportados em 2025 até o momento. Em comparação, apenas 34 ataques foram registrados em todo o ano de 2024.

Sobre isso, Taihutt disse que tem conversado muito em família: “Minhas filhas também leem as notícias — especialmente aquela história na França”. Ele disse que, embora suas filhas carreguem apenas pequenas quantias de criptomoedas em suas carteiras pessoais, a família decidiu evitar a França completamente.

“Ficamos um pouco famosos em um nicho de mercado — mas esse nicho está se tornando um mercado realmente grande agora”, disse Taihuttu. “E acho que veremos cada vez mais esses roubos. Então, sim, definitivamente vamos pular a França.”

Mesmo na Tailândia, Taihuttu parou de filmar em casa e postar atualizações após receber mensagens de estranhos que identificaram sua localização pelos vlogs no YouTube.

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“Moramos seis meses em uma casa linda, até que começaram a me alertar por e-mail para ter cuidado. Então nos mudamos e paramos de filmar”, contou. “O mundo está estranho. Por isso, tomamos precauções — inclusive deixamos de usar carteiras de hardware.”

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