A QFCRA, autoridade financeira do Catar, anunciou a proibição de serviços de negociação e custódia de bitcoin e criptomoedas, segundo publicação no Twitter no final de dezembro. O país do Oriente Médio vai sediar a próxima Copa do Mundo, que acontece em 2022.
De acordo com a publicação, a partir do dia 26 dezembro ficaram proibidos todos os serviços relacionados a criptomoedas no território catariano.
O QFCRA (Qatar Financial Centre Regulatory Authority) é o órgão que regula e fiscaliza as atividades financeiras do Catar para proteger o investidor, como faz a CVM no Brasil.
Segundo a nota, o órgão regulador descreveu a proibição de qualquer ativo virtual que substitua a moeda, que pode ser negociado ou transferido digitalmente e usado para fins de pagamento ou investimento.
O QFCRA, contudo, não informou o porquê da proibição. No entanto, também em dezembro do ano passado, o órgão publicou duas medidas para combater a lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo na região.
As medidas foram chamadas de ‘AMLG Rules’, sigla para Anti-Money Laundering General Rules (Regras Gerais Contra Lavagem de Dinheiro).
“A nova lei ressalta o compromisso do Catar de combater a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo e se incorpora aos recentes padrões globais definidos por órgãos como o GAFI”, diz um trecho do documento.
O GAFI é o ‘Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo’, também conhecido pela sigla em inglês FATF.
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Entretanto, segundo o documento, as novas medidas só passariam a valer a partir do dia 1º de fevereiro deste ano.
Corrupção na Copa do Mundo no Catar
Várias revelações sobre fraudes na escolha do Catar para sediar o evento de 2022 foram reveladas nos últimos anos. O Francês Michel Platini, por exemplo, responde a um processo que envolve corrupção dentro da FIFA.
Segundo o El País, Platini, que chegou a ser preso, admitiu que quando estava no comando da UEFA (Union of European Football Associations) participou de uma reunião secreta com o então presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o príncipe catariano Tamin Hamad al Thani para discutir a indicação.
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