Os sete tipos de golpes mais comuns com criptomoedas e como se prevenir deles | Opinião

O advogado especialista em mercado de capitais e direito digital Anthonio Araujo Junior mostra como se defender contra golpes que usam criptomoedas como isca
Ratoeira com moeda de bitcoin

Shutterstock

A natureza descentralizada e anônima das criptomoedas torna esse meio de troca atraente tanto para investidores legítimos quanto para golpistas. Mesmo com a nova regulamentação, ainda é necessária supervisão e educação financeira.

Muitos golpes, inclusive, exploram a falta de conhecimento e as emoções dos investidores. Por isso, antes de apostar em projetos e plataformas relacionados a criptomoedas, realizar uma due diligence (diligência prévia), com o respaldo de um escritório de advocacia especialista no assunto, é uma ação recomendada, frente aos novos tempos.

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A educação e a conscientização também são ferramentas essenciais para não se tornar mais uma vítima desses tipos de fraudes.

Conheça os tipos mais comuns e os cuidados para não cair em ciladas:

1. Phishing

No chamado phishing, golpistas criam sites ou e-mails falsos que se parecem com serviços legítimos para roubar informações confidenciais, como chaves privadas ou credenciais de login.

Prevenção: verificar sempre a URL e os certificados de segurança e nunca compartilhar chaves privadas.

2. Esquemas Ponzi e pirâmides financeiras

Promessas de retornos garantidos e elevados são feitas para atrair investidores. Os retornos iniciais são pagos com o capital de novos investidores e o esquema de pirâmide eventualmente desmorona.

Prevenção: desconfiar de promessas de lucro rápido e fácil, além de consultar um escritório de advocacia especializado em investimentos, direito digital e mercado de capitais para emitir uma legal opinion.

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3. Fraudes de investimento

Ofertas de investimento em projetos falsos ou inexistentes, muitas vezes promovidos por meio de marketing agressivo.

Prevenção: um advogado especialista na área pode realizar uma due diligence completa e apresentar um parecer sobre a proposta.

4. Ransomware:

Trata-se de malware que criptografa arquivos do usuário e exige pagamento em criptomoedas para desbloqueá-los.

Prevenção: manter softwares antivírus atualizados e evitar downloads de fontes não confiáveis.

5. Pump and dump:

Golpes do tipo pump and dump são manipulações de preços em que os organizadores inflam artificialmente uma criptomoeda e depois vendem rapidamente, causando queda acentuada.

Prevenção: evitar a participação em grupos que promovem essas práticas e ser cético em relação a dicas de investimentos não solicitadas.

6. Falsas ofertas iniciais de moedas (ICOs):

Vendas de tokens para um projeto que é inexistente ou fraudulento.

Prevenção: investigar profundamente o projeto, a equipe e o whitepaper antes de investir, contando com um respaldo jurídico.

7. Roubo de exchange:

São hackings de plataformas de negociação de criptomoedas para roubar fundos dos usuários.

Prevenção: utilizar autenticação de dois fatores e armazenar criptomoedas em carteiras frias, quando possível.

Analisar casos reais de golpes com criptomoedas também pode fornecer insights valiosos sobre as táticas dos golpistas e as vulnerabilidades. Seja como for, é extremamente importante cuidar da segurança on-line e colocar em prática pesquisas e sistemas de apoios e checagem antes de investir seu dinheiro.

Sobre o autor

Natural de Recife (PE), Anthonio Araujo Jr. é executivo multidisciplinar com formação em tecnologia, administração de empresas e direito. É DPO e tem especialização em áreas como direito digital, LGPD, mercados, capitais e fintechs, ao mesmo tempo em que continua sua jornada acadêmica com uma pós-graduação na PUC-PR em Legal Operations: Dados, Inteligência Artificial e Alta Performance Jurídica e concluiu seu Master of Laws em Direito dos Mercados Financeiros, de Capitais e Fintech.

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CEO do grupo empresarial Smart Business e da ABM Advocacia, ele traz mais de 20 anos de experiência prática no mundo dos negócios. Membro permanente do IASP, reconhecido como palestrante em temas como empreendedorismo, advocacia disruptiva, LGPD e alfabetização de dados. Também é escritor de dois livros.