Parafraseando Winston Churchill, não dê ouvidos ao que eles dizem, apenas observe o que eles fazem.
O refrão ecoa repetidamente através do cenário apresentado pela midia: “O Bitcoin está morto” e “as criptomoedas são um refúgio para criminosos” são frases já familiares. E de acordo com uma pesquisa recente, o Bitcoin e a FTX estão entre as marcas menos apreciadas nos EUA.
Mas algumas das marcas mais populares na América do Norte não concordam necessariamente.
A Axios Harris 100 é uma pesquisa anual de classificação de reputação feita pela Agência de notícias Axios e pela empresa de pesquisa de mercado Harris Poll, de 60 anos. Ela mede a reputação pública das marcas mais visíveis nos Estados Unidos, sondando 16.310 norte-americanos para ver quais empresas têm o conceito top-of-mind e se favorecem ou não disso.
O Decrypt revisou os Resultados de 2023 — que mostram a fabricante de equipamentos para trilhas Patagonia na parte superior e a Organização Trump na parte inferior — para ver em que posição estão as principais marcas americanas de Web3 e cripto.
A FTX chegou pouco à frente de Trump em 99º lugar, seguido pelo Bitcoin em 93º. Mas, apesar da fraca posição de duas marcas nativas do universo cripto, algumas das marcas mais populares são surpreendentemente receptivas ao setor de ativos digitais.
A Chick-Fil-a, uma das maiores cadeias de fast food do país e número 5 da lista, demonstrou interesse em empreendimentos relacionados às criptomoedas. A empresa entrou com vários pedidos de marca expressando sua intenção de entrar no espaço NFT e no metaverso.
Logo atrás da Chick-Fil-A está a Toyota Motor Corporation em 6º lugar.
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“Em uma época em que todas as coisas e serviços serão conectados por informações, espera-se que a blockchain seja uma tecnologia fundamental”, disse a gigante automobilística quando revelou seus planos oficiais de lançar o Toyota Blockchain Lab em 2019.
A indústria automotiva publicou um relatório no início deste ano analisando oportunidades no espaço Web3, NFT, blockchain e carteira digital, de acordo com o Yahoo! Finanças. Ele menciona gigantes como BMW, Mercedes Benz, Porsche, Subaru e Jaguar como potencialmente entrando no espaço cripto.
Mudando de para-lamas para alimentos, a Kellogg Company (26ª colocada na pesquisa Axios Harris) deu um mergulho em jogos Web3 através de sua popular linha de lanches Pop Tarts.
A Pfizer, o Império farmacêutico, está no meio do ranking em 50º lugar e também está envolvida em negócios relacionados aos criptoativos. O seu braço de investimento, a Pfizer Ventures, está tentando criar caminhos para uma ciência descentralizada através de uma recente ronda de financiamento da VitaDAO. A empresa também juntou-se a um grupo de trabalho para pesquisar blockchain para gestão da cadeia de suprimentos em 2019.
Não é de surpreender que certas empresas de tecnologia também tenham estado na vanguarda — em P&D ou como hodlers — de empreendimentos relacionados às criptomoedas.
A Sony, que perdeu por pouco o top 10 e ficou em 12º lugar, entrou no início deste ano com um pedido de uma nova patente relacionada aos NFTs, sugerindo uma nova incursão na Web3 para a linha PlayStation, e a Samsung (uma das marcas top 10) anunciou uma patente de Smart TV para permitir que seus usuários comprem NFTs em casa.
Embora muitas das marcas da lista não tenham anunciado qualquer interesse em criptomoedas, blockchain ou Web3, existem várias que já estão envolvidas há alguns anos. Só o tempo dirá se mais se outros nomes se juntarão a elas.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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