Nubank, Banco do Brasil e Sicredi também foram afetados por suspensão de projeto do WhatsApp

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Foto: Shutterstock

A suspensão do Banco Central e Cade do projeto de pagamentos via WhatsApp atingiu diretamente Visa, Mastercard e Cielo. Contudo, Nubank, Banco do Brasil e Sicredi, anunciados com festa como os primeiros parceiros do projeto do Facebook, também foram afetados, ainda que em menor escala.

Com o veto imposto à parceria pelos órgãos reguladores, todos eles tiveram de recuar.

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Em seus comunicados à imprensa, tanto o Nubank quanto o Banco do Brasil destacaram o caráter inovador do serviço e a busca por oferecer essa novidade o mais rápido possível a seus clientes.

Posição do Nubank e Banco do Brasil

Após o veto duplo de BC e Cade, o Banco do Brasil informou via assessoria de imprensa que o serviço foi suspenso.

“O BB monitora a situação e manterá seus clientes atualizados sobre o assunto”.

O Nubank chegou a fazer um post especial em seu blog, descrevendo como seus clientes poderiam aproveitar a novidade. Com a suspensão anunciada pelos órgãos reguladores, a fintech atualizou o texto e informou que o sistema foi “enquanto o Banco Central avalia a funcionalidade antes de liberá-la para mais pessoas”.

“A empresa se compromete, como sempre, a trabalhar de acordo com a regulação e as normas vigentes e afirma acompanhar futuros desdobramentos sobre a referida situação”, complementou o Nubank, por meio de nota. 

Sicredi tira conteúdo do ar

Assim como o Nubank, o Sicredi chegou a publicar em seu site uma página específica, explicando como seria a operação. Esse conteúdo, no entanto, encontra-se fora do ar atualmente.

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“Temos como uma de nossas premissas proporcionar novas soluções de pagamento e experiências aos associados por meio da digitalização”, afirmou a Sicredi no dia do lançamento do serviço via WhatsApp.

Por meio de nota, a empresa informou que vai cumprir as determinações do BC e que está comprometida com o PIX, sistema ao qual solicitou adesão de forma direta.

“Apoiamos a preservação de um ambiente competitivo adequado, que propicie o funcionamento de um sistema de pagamentos seguro e transparente. Por isso, respeitamos e cumprimos as determinações do Banco Central do Brasil”.

Assim como o Sicredi, o Banco do Brasil e o Nubank também constam entre as instituições cuja adesão ao PIX era obrigatória — por terem pelo menos 500 mil contas ativas.

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Entenda a briga

No último dia 15 de junho, o Facebook anunciou o lançamento de um serviço de pagamentos por meio do WhatsApp, que possui no Brasil seu segundo maior mercado no mundo. A big tech é a proprietária do aplicativo de mensagens.

A empresa de Mark Zuckerberg se associou às bandeiras Visa e Mastercard, aos bancos NubankBanco do Brasil e Sicredi e, à credenciadora Cielo.

O anúncio rapidamente chamou a atenção do mercado e de seus reguladores, que solicitaram mais informações sobre o projeto.

Na última terça-feira (23), tanto o Cade quanto o Banco Central notificaram parceiros e determinaram a suspensão do serviço oferecido pela big tech.

A alegação dos dois organismos foi de que essa parceria poderia representar riscos ao mercado e precisaria passar por avaliação antes de ser de fato implementada.

Um dia após a proibição, representantes do Facebook e do Banco Central se reuniram por videoconferência. Já nesta quinta-feira (25), segundo o jornal Valor Econômico, o WhatsApp divulgou comunicado no qual diz que está trabalhando em conjunto com os parceiros e as autoridades para restaurar seu serviço de pagamentos.

O WhatsApp acrescentou ainda que esse serviço será conectado à plataforma de pagamentos instantâneos em desenvolvimento pelo regulador, o PIX.

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