Sob um banco de madeira três criptomoedas ao lado de um celular com logo do Nubank
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O Nu Holdings, grupo que controla o Nubank, afirmou no sábado (11) que o banco não possui exposição ao Silicon Valley Bank (SVB), conhecido como “banco das startups”, que foi fechado na sexta-feira (10) pelo governo da Califórnia, gerando caos no mercado de criptomoedas.

O governo federal americano assumiu os depósitos do banco, cujo colapso foi o segundo maior da história dos EUA após a ruína do Washington Mutual durante a crise financeira de 2008. O Silicon Valley Bank havia reportado US$ 212 bilhões em ativos no último trimestre.

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“A Nu Holdings comunica aos seus acionistas e ao mercado que nem a companhia nem nenhuma de suas subsidiárias têm qualquer exposição” ao banco, afirma o comunicado, que foi enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Uma reportagem do Estadão mostrou que startups brasileiras começaram já na quinta-feira, antes do fechamento do SVB, para retirar valores que possuíam na instituição financeira. Pelo menos US$ 100 milhões – cerca de R$ 500 milhões – teriam sido sacados ates do congelamento dos valores.

Demissões sem crítica

O final da semana passada foi agitado para o Nubank. Além da crise do SVB, o banco fez uma nova rodada de demissões e incluiu uma cláusula de não difamação da empresa em um contrato enviado aos funcionários. Quem assina o documento — ao qual o Portal do Bitcoin teve acesso — recebe um salário adicional e uma extensão de três meses do plano de saúde.

No texto, consta que o empregado não poderá difamar o Grupo Nu. “Difamar significa, sem limitação, fazer comentários ou afirmativas sobre qualquer pessoa ou entidade, inclusive, mas sem limitação, à imprensa, à mídia, em redes sociais diversas […]”, diz o texto que inclui Linkedin, Facebook, Instagram e Twitter como locais nos quais o funcionário não deve se expressar de maneira que prejudique a “honra, boa fama ou reputação” do empregador.

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Caso o funcionário descumpra alguma das regras estabelecidas, o contrato prevê uma multa de 50% do valor total contemplado.

Criptomoeda do Nubank

Na semana anterior, o banco já havia lançado a Nucoin — um tipo de criptomoeda sem custo para clientes que funciona como um programa de fidelidade. O projeto foi desenvolvido com a Polygon, a blockchain emissora do token MATIC.

A empresa disse ao Portal do Bitcoin que serão criadas 100 bilhões de Nucoins, sendo cerca de 80% destinados aos usuários finais (tanto do Nubank quanto de outras empresas que se juntem ao protocolo futuramente).

Além disso, as transações de Nucoin ocorrerão dentro do app do Nubank em operação similar à de compra e venda de criptomoedas vigente atualmente no Nubank Cripto. Ou seja: não haverá um mercado secundário nem será possível sacar as unidades para uma carteira privada.

O projeto já havia sido anunciado no ano passado, mas agora, segundo comunicado à imprensa, o programa começará a ser oferecido para parte dos cerca de 70 milhões de clientes da empresa no Brasil.

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